Mulheres sempre Brilharam

Não se trata apenas de reconhecimento por ações ou trabalho, é uma justa reparação histórica do respeito às mulheres, que por séculos foi negado em um mundo governado por homens. As Mulheres que Brilham estão muito além de um faiscante, por falso, brilhante. Sua luz emana dias de luta, da coragem para não desistir, da iniciativa para suplantar um papel restritivo que foi forjado ao fogo de dogmas há muito considerado arcaico e opressivo.

Todas que recebem a premiação do Ibiá seguem dentro de seu tempo, que é um tempo de inquietação que promove a retomada de espaços. A verdade é que Elas sempre estiveram ali, ativamente participando da história da humanidade, com todos seus avanços e retrocessos. Seu super poder de gerar a vida lhe deu ainda a capacidade de cuidar dela com energia aliada ao raciocínio lógico.

Será preciso muito esforço para negar este protagonismo ou para encontrar limitações na mulher que brilha no emprego, na arte, nos movimentos sociais. Elas sempre estiveram em todos os lugares, isso desde que o mundo é mundo, mas quando seu brilho começava a projetar uma sombra minúscula do homem, este cunhava ditos populares pretensiosos, tais como “por trás de todo grande homem há uma grande mulher”. Em meio ao ofensivo pode se pinçar a verdade sobre Ela ter sido colocada para trás do homem. Na semiótica, isso revela o verdadeiro pensamento do lugar que o macho propunha.

Nas páginas 16 e 17 desta edição, há um relato magnífico deste protagonismo. Mulheres que brilham no tatame há 10 anos, dando imagem à metáfora de lutadoras em um mundo machista. Fato, no esporte Elas foram permitidas há muito mais tempo. Todavia, também neste seguimento receberam rótulos maliciosos que criavam uma falsa característica de fragilidade, ou, ainda pior, inabilidade inerente ao gênero.

Para ser preciso, ainda hoje o futebol feminino é menosprezado, a Formula 1 só tem categoria masculina e seus octógonos tem menos holofotes. Por fim, neste ano tem eleição, e os partidos ainda lhes dão palanque em conformidade a mínimo determinado pela lei. Então, em oposição aos sistemas, as Mulheres seguem brilhando e fazendo passagem. Inclusive com ternura, se assim foi necessário!

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