A chegada do fim do ano é marcada pelo aumento do consumo de bebidas alcoólicas e essa realidade deve preocupar a todos aqueles que se importam com a própria vida e com a dos outros, sobretudo nas estradas. Os números da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Outras Drogas (Abead) não deixam dúvidas: bebidas e direção não combinam. Em 61% dos acidentes de trânsito registrados no Brasil, o condutor havia ingerido algum tipo de álcool. Entre os casos fatais, o índice sobe para 75%.
A substância prejudica uma capacidade indispensável ao motorista: a percepção. Sem ela, ocorre a diminuição dos reflexos e aumentam as chances de ocorrer um desastre. Dependendo de fatores como idade, sexo, massa corporal, sensibilidade ao álcool e estado emocional, os efeitos podem ser ainda piores.
Especialistas do mundo inteiro já comprovaram que o uso habitual de bebidas alcoólicas pode resultar não apenas em prejuízos físicos, mas também mentais e psicológicos. O excesso de álcool leva à perda da censura, dos laços sociais e afetivos, além de provocar desorganização mental com manifestação de sintomas clínicos. Mesmo assim, a irresponsabilidade continua.
Em poucos dias, nas rodovias da região, pelo menos duas mortes foram causadas por condutores embriagados. É preciso aumentar a fiscalização, para evitar a multiplicação de óbitos que podem ser evitados.