Mau sinal

Se os montenegrinos tinham esperança de ver em curto ou médio prazo o serviço de emissão de carteiras de identidade se tornar melhor e mais rápido na cidade, elas acabaram de reduzir bastante. Isso porque uma das estações de produção do documento foi enviada para a Penitenciária Estadual, no Pesqueiro. Será utilizada na produção das carteiras de identidade de apenados, serviço também necessário. O problema é que as 30 pessoas atendidas por dia hoje no Posto de Identificação de Montenegro não suprem a demanda da população, já que é comum a reclamação de chegar no local para marcar horário para o dia seguinte – a agenda é liberada apenas de um dia para o outro – e descobrir que não há mais vagas.

O drama do Posto de Identificação é antigo. Por quase nove meses, entre 2018 e 2019, após a aposentadoria do servidor que trabalhava no local, a cidade ficou sem Posto. Houve contratação, mas vieram as limitações impostas pela pandemia. Então, foi o prédio que se tornou entrave. Após na interdição do local, foram mais seis meses sem o serviço disponível. Aí a Delegacia Regional de Polícia aceitou ceder um novo espaço ao Instituto Geral de Perícias na 1ª Delegacia de Polícia Civil – atual endereço do Posto de Identificação montenegrino, na rua José Luis, número 1.030 – e a Prefeitura investiu R$ 4 mil na reforma da sala. Assim, passamos a ter o serviço, mesmo sem sanar toda a demanda. O que, aparentemente, ficou mais longe de ocorrer agora. O empréstimo da estação é temporário e, quem sabe, no futuro, os Montenegrinos não possam voltar a ter esperança num serviço mais qualificado, com mais estações, e funcionários.

O “tapa-buraco” num serviço tão básico quanto esse para o cidadão não é aceitável. É necessário, e muito, que a Penitenciária Modulada tenha os equipamentos, até porque, antes do empréstimo, o Posto tinha de interromper seus serviços habituais para uma vez por semana ir atender a demanda da Penitenciária. Mas é preciso reconhecer que o serviço à comunidade em geral precisa ser qualificado. E não é adequado que faltem fichas para um serviço básico, nem que montenegrinos tenham que procurá-lo em outra cidade. As autoridades devem pressionar o Estado para que tenhamos mais equipamentos e mão de obra. Como nas rotatórias da RSC-287, mais uma vez, Montenegro não existe para o governo do Estado.

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