Mais uma vez, a falta

Mais uma vez, os pacientes que dependem da saúde pública enfrentam um velho problema: a falta de remédios nas farmácias do Município. Dessa vez são 27 medicamentos faltantes em Montenegro. Desde os mais simples, como o antialérgico Loratadina Xarope, até antibióticos, como Amoxicilina, que têm um valor mais elevado e é fundamental para o tratamento de infecções. Esse é um problema recorrentemente abordado nas páginas do Ibiá, independente de quem esteja à frente das esferas públicas de poder.

Dessa vez, além da falta de matéria-prima para a produção de alguns itens, a justificativa dada para a situação é a necessidade de estorno de ítens que estavam adquiridos no ano passado, mas que não foram entregues pelo consórcio Ciscaí e necessitam novo empenho. Uma burocracia característica do sistema público – e necessária para tentar garantir o bom uso do dinheiro dos cidadãos, mas que prejudica quem mais precisa dos remédios.

O fato é que estamos em abril, e o estorno de medicamentos na virada do ano já não pode ser desculpa para deixar pacientes sem os remédios necessários, sobretudo porque grande parte do público atendido nas farmácias do SUS é de baixa renda. O custo do remédio a essas pessoas pode significar, em alguns casos, um prato a menos de comida na mesa – e elas não podem se dar esse luxo. Independe de quem é a culpa – se do governo federal, estadual ou municipal.

Cabe aos gestores a mobilização para que esse problema seja sanado o mais rápido possível, já que ele não deveria sequer estar acontecendo. A saúde pública é um direito previsto em lei e deve ser respeitado nos seus mais diversos âmbitos.

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