Limites que nos unem

O Legislativo de Montenegro começa a resolver um problema primário e, na verdade, muito curioso, definindo quais são os verdadeiros limites territoriais do município. Uma atitude em conjunto com os vizinhos de Triunfo, que certamente convivem com os mesmos problemas que essa indefinição traz aos montenegrinos das localidades do interior. Pois se torna pouco eficaz falar em desenvolvimento e em atendimento às mazelas da população sem sequer saber onde termina uma e começa outra cidade.

Primeiramente afeta o cidadão, que está sem saber onde deve buscar os serviços, sendo que paga impostos em uma cidade, mas seu endereço consta em outra. E não entra nesta realidade a questão distância, onde pela proximidade é mais confortável ao morador centrar sua vida em um local, mesmo sendo cidadão de outro. Estamos falando de uma legalidade que inclui o registro do imóvel e o domicílio eleitoral. Assistência em Saúde Pública também carece de uma definição de endereço, inclusive para que seja justa aos demais pagadores de impostos.

A mudança de traçado das fronteiras não foi obra das prefeituras. Foi determinada, em uma atualização fruto de trabalho conjunto do IBGE e do Exército Brasileiro. As cidades, mais uma vez, são apenas notificadas, recebendo um ônus inesperado.
Em relação às providências a serem tomadas, inicialmente está a regularização dos limites. Mas em seguida chegarão as Administrações Municipais os impactos sociais e econômicos que o recebimento e perda de alguns fragmentos de territórios trarão. Ao menos a legalidade é reposta, pois corriam o risco de investir fora de suas áreas legais; o que poderia resultar em imbróglio nas vias do Judiciário, com alto risco aos eleitos e nomeados nos atuais governos.

Por mais que possa parecer curiosa esta puxada de limites de lá pra cá, essa é uma definição necessária e providencial. Dela não se pode fugir ou querer restituir à força o que era antes. Apenas que todos acatem, se inteirem da situação e assumam sua nova cidadania e seus novos cidadãos. Não somos diferentes, temos a mesma origem e não estamos separados por um oceano. Na verdade, e em especial ao se falar da Zona Rural, estamos sempre unidos, convivendo em harmonia e perseguido os mesmos resultados.

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