Lição de cidadania

Sempre que percebemos o dinheiro necessário em tantas ações na sociedade esvair-se em caminhos — às vezes ilícitos, outrora apenas incompetentes — sentimos a decepção corroer o peito. É que se por um lado há escolas sucateadas, saúde pública insuficiente e forças de segurança perdendo a luta contra a criminalidade, de outro está o desperdício do dinheiro público que seria capaz de melhorar todas essas áreas e outras tantas.

Você acha que estamos falando da corrupção? Também, é claro. Esse é um mal que parece corroer qualquer chance de o Brasil tornar-se um país desenvolvido. Mas há outras tantas formas desse dinheiro se perder antes de chegar ao destino correto. Um deles – e esse depende unicamente no povo, não dos políticos – chama-se preservação do patrimônio público. O vandalismo e seus resultados na semana passada estamparam o Ibiá e revoltaram os montenegrinos.
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Cada vez que algo público, como é o caso das lixeiras, é destruído num ato impensado ou de falso protesto, é gasto nosso dinheiro na reposição. Parece pouco, é quase imperceptível. Num dia o contêiner amanhece queimado ou amassado e, depois de um tempo, ele é substituído. E poucos notam a diferença. É, na verdade, dinheiro sendo rasgado. Dinheiro do povo, dinheiro de todos. E o responsável não é apenas aquele que realiza o vandalismo. Mas sim todos os que sabem e não denunciam. Preservar os bens públicos é zelar por uma cidade melhor.

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