Falamos muito aqui no Vale do Caí sobre integração entre os municípios locais e os vinculados às suas histórias, porém muito distantes, lá na Alemanha. As chamadas “cidades co-irmãs”, de onde vieram nossos colonizadores, terão para sempre uma ligação conosco. Alguns dos principais hábitos do nosso cotidiano partiram deles e são preservados até os dias atuais. Ontem, 8, Maratá esteve em festa por receber moradores de Rheinböllen, cidade do distrito de Rhein-Hunsrück, estado da Renânia-Palatinado, na Alemanha, e co-irmã de Maratá.
Essa integração, porém, vai muito além da importantíssima troca cultural. Queremos que as novas gerações saibam as músicas e danças típicas, apreciem as delícias da culinária alemã e se inspirem no desenvolvimento da nação européia para contribuir na formação de cidade muito brasileira, mas com fortes traços germânicos. Mas o une essa gente –todos nós – é a história e o respeito aos antepassados. Aos deles, aos nossos, aos de todos.
Essa integração, mais do que em cultura, história e conhecimento, se alicerça no sentimento das pessoas. Em 2016, quando foi firmada a parceria de cidade co-irmã dos dois municípios, uma comissão alemã veio para Maratá e depois marataenses estiveram em Rheinböllen. O que ocorreu ontem foi um reencontro, de afeto e de esperança. Eles também querem nos conhecer e se reconhecerem em nós.
O roteiro da visita contou com uma etapa ainda mais emocionante. Estiveram na localidade de Esperança que, por ter sido atingida por um tornado em 2017, precisou de ajuda. E encontrou na comunidade de Rheinböllen a solidariedade que tanto necessitava.
Os visitantes puderam constatar a reconstrução que só foi possível na realidade e na velocidade que ocorreu por conta da ajuda recebida. Vamos torcer para que as crianças de Maratá e de Rheinböllen cresçam fortalecendo esse laço e que sejamos não apenas cidades co-irmãs, mas cidadãos amigos para sempre.