Indústria química precisa de proteção

Você pode não perceber, mas neste exato momento a Química está em tudo na sua volta. Nossas vidas, em seu cotidiano mais íntimo ou público, profissional ou de lazer, de conhecimento assim como na busca por saúde, estão impregnadas de elementos que surgiram desta Ciência fundamental. Transformada em grande indústria de transformação, se posicionou em local estratégico no setor econômico do Brasil, assim como de resto no mundo inteiro.

Neste cenário, o Polo Petroquímico de Triunfo representa um trunfo de peso para as regiões Metropolitana e Vale do Caí. Além de garantir uma fatia significativa na arrecadação das cidades de Canoas, Nova Santa Rita, Triunfo e Montenegro, projeta-as ao mundo como bases de setores diretamente dependentes. Ainda que o Vale do Caí tenha levado mais de quatro décadas para perceber o “tesouro” em suas mãos, haja visto que somente agora se mobilizou para criar o Polo da Química de Montenegro.
Uma promessa que demandou muito mais do que boa vontade. O encontro desta segunda-feira foi importante para o debate acerca das formas de superar problemas que são referentes ao setor da Indústria Química do País. Inclusive, foi assinalado que o Polo da Química terá papel fundamental no futuro do desenvolvimento do setor; porém, os obstáculos atuais acabam por atravancar o desenvolvimento individual das empresas.

Entre as ações daquela manhã está a proposta de diálogo para encontrar uma saída para a crise no setor. Pois esta, ao ser pensada, não pode ignorar que muitas indústrias fizeram aquilo que lhes foi exigido em termos de proteção ambiental. Parece irônico que o grande esforço da indústria química nacional em sua modernização e desenvolvimento, bem como na busca por uma química sustentável, hoje é uma punição. Pois para reduzir emissões e resíduos, precisou aumentar o custo de produção, derrubando sua competitividade com estrangeiros que não ligam para o futuro da humanidade.

O que agora deve ser cobrado para que o Governo Federal faça é uma questão de proteção dos investimentos, dos empregos e da soberania das plantas industriais brasileiras. Talvez serão antipáticas medidas de equilíbrio da competitividade e com parâmetros sustentáveis; mas o que está em jogo é um futuro de ar puro e desenvolvimento qualificado.

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