No próximo dia 12 se festeja o Dia da Criança. Uma data marcada por – mais do que oferta de presentes – a troca de afeto dos pequenos com seus familiares. Infelizmente, têm sido dias de notícias muito duras sobre nossas crianças. Indefesas, elas estão nessa semana no centro de fatos criminosos.
Primeiro, em Minas Gerais, o funcionário de uma escola ateia fogo e mata alunos. Além do próprio criminoso e de uma professora, morreram nove crianças que tinham entre quatro e cinco anos e não tiveram chance alguma de se defender da loucura de um homem. Na manhã de ontem, o Vale do Caí amanheceu chocado com a notícia de que logo cedo, em resultado de um incêndio criminoso, corpos jaziam junto ao que sobrou de uma casa em Capela de Santana. Duas das vítimas eram crianças, de um e de 11 anos.
Os dois casos doem – para quem noticia e para quem é informado – mas o ocorrido aqui no município vizinho choca por, pelo que as investigações já apontaram, não se tratar de loucura, mas sim apenas da nossa já tão conhecida violência. O incêndio de Capela de Santana tem em sua origem o crime de latrocínio. No roteiro desse delito ainda há dois adolescentes, usuários de drogas, que confessaram o ato. O fato de serem menores e, por tanto, beneficiados por uma legislação branda, revolta ainda mais.
É provável que nesse Dia das Crianças todos os pais, mães, avôs, padrinhos e demais familiares beijem a testa de sua prole, agradeçam por tê-los ali e peçam por uma benção de Nossa Senhora Aparecida. Ela se faz cada dia mais necessária. Vidas muito jovens estão sendo tiradas, de quem ainda é indefeso demais para se defender.