A cada ano o dia 7 de junho surge no alvorecer do Brasil para lembrar que todos têm o direito de falar e de serem ouvidos. A data que em 2024 caiu nesta sexta-feira marca o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, reforçando a importância deste Pilar da Democracia. Lembra aqueles que detêm poderes conquistados ou eleitos que o povo têm consigo o poder das palavras, escritas e faladas. Também recorda nos profissionais desta ciência que sua missão de comunicar é, de forma indubitável, livre e, na medida do possível, imparcial.
Ainda estejamos vivendo uma profícua era tecnológica, de A.I. e formatos digitais, da qual emergem com relevância cotidiana as redes sociais, há pessoas ou grupos que amordaçados por insignificância proposital. Esses apenas conseguirão elevar sua expressão quando um microfone for estendido em sua direção. O jornalista se movimenta aos dribles de um craque entre multidões, se mantém persistente para não sucumbir e empático para entender a mazela do cidadão.
Essa atitude não é um favor ou retribuição. Essa é a missão escolhida, e da qual será sempre cobrado. Mesmo as empresas de comunicação que não são autorizadas a partir de concessão pública têm o dever de estar no lado mais fraco da corda social. Pois neste sentido significará sempre se postar em favos das pautas dos trabalhadores, da cidade e do campo; das mulheres, crianças, idosos; e todos os oprimidos pela desordem e pela ganância.
Se esses são aspectos fundamentais para um jornalismo de qualidade, perceba que são características de natureza humana. A profissão defensora da verdade e da liberdade precisa de sensibilidade para ser plena, sentimento que máquinas e inteligências programadas ainda não conseguem replicar. Verdade também que o humano é suscetível a erros, provocados por variáveis inerentes a sua condução orgânica. Podem ser submetidos a emoção, medo, preconceito; pode esquecer.
Mesmo diante de todas essas probabilidades, ainda é a mulher e o homem que terão a capacidade de fazer uma leitura ampla do contexto em torno de sua pauta. O humano ainda será o jornalista que sentirá no ambiente onde está a verdade, além de projetar as consequências que virão. Assim que o profissional, mesmo ofendido e ameaçado, será cavaleiro da Democracia, carregando o escudo e a espada da igualdade.