Fôlego extra

Nesse final de semana que passou, o Jornal Ibiá circulou com uma boa notícia em sua manchete. O 13º salário deve injetar R$ 54,7 milhões na região. Só em Montenegro, maior cidade do Vale do Caí, o valor alcança R$ 49,6 milhões. Nas cidades menores, cujas populações são reduzidas, os números caem substancialmente, porém, ainda representam muito para a economia local.

Recentemente questionado, é bom você saber a origem desse “salário extra”. Criado no governo de Getúlio Vargas, foi apenas na década de 60 que ele passou a ser garantido pela lei. É que existem meses do ano que têm quatro semanas e outros com cinco. Nos meses mais longos, o trabalhador atuou mais dias pelo mesmo salário. Ao final do ano, recebe esse valor acumulado. Em outros países essa regra não faria sentido, já que é comum as empresas pagarem por semana.

Muito desses R$ 54,7 milhões, infeliz ou felizmente, será utilizado não para novos consumos, mas para negociação e quitação de dívidas. Vale lembrar, porém, que o pagamento de dívidas libera o crédito. Entre boletos e carnês (eles voltaram a ser aposta dos comerciantes) o lojista vai faturando.

O brasileiro é um povo de origem honesta. Ao receber seu 13º, se tem dívidas, elas serão quitadas, como tem de ser, antes de assumir novos compromissos financeiros. É preciso, ainda, guardar um pouquinho para as contas típicas do começo de ano. Aí entram matrícula de escola, material escolar, IPVA, IPTU e os gastos de férias. Mas, sempre vale reservar uma parcela do décimo pra ajudar o Papai Noel a presentear a todos na tradicional troca natalina. É isso que faz a economia girar.

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