Fé no Brasil

Responsável por quase 100 mil postos de trabalho no Rio Grande do Sul, inclusive em Montenegro, o setor supermercadista fez festa nesta semana para comemorar os resultados de 2017. Não que tenha sido um ano de águas calmas. Pelo contrário. Foi necessário muito trabalho e, mais do que nunca, gerir as empresas com competência para chegar ao fim de mais um período turbulento com as contas em dia sem prescindir da qualidade ao consumidor.
O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, inspirou o público que prestigiou o Ranking Agas 2017 porque, apesar das dificuldades e crises, consegue vislumbrar melhora doravante. Para isso, porém, há requisitos a serem cumpridos pela sociedade e, principalmente, pelo poder público. Longo lembrou que a Reforma Trabalhista, cujos efeitos ainda vêm sendo sentidos pouco a pouco, permitiu aos supermercadistas perderem o medo de contratar funcionários. Nada mal num país com mais de 13 milhões de desocupados.
A prisão de “um ex-presidente da República” prova que não há ninguém acima da lei no País. Com propriedade, Longo criticou as empresas estatais, pois a maioria serve prioritariamente aos partidos políticos; reivindicou a Reforma da Previdência de forma que o trabalhador que sempre contribuiu não seja visto como vilão e, além disso, exigiu o fim do foro privilegiado — recurso que serve apenas para corruptos protelarem os processos em que são réus.
A grande virada da nossa nação somente será alcançada quando respeitarmos os poderes constituídos democraticamente e decidirmos fortalecê-los enquanto nação. A soberania do Executivo, do Legislativo e do Judiciário precisa ser balizadora para o cumprimento das leis e da Constituição Federal. Deste contexto urge a necessidade de o poder público não criar mais exigências à sociedade, mas sim exercer com competência o papel que lhe cabe, sem corporativismos.

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