Fé, arte e saúde

A possibilidade de vivenciar em comunidade o Corpus Christi, ontem, representou, mais do que nunca, a renovação da fé dos Católicos. O dia em que se celebra o mistério da Eucaristia também foi marcado por uma renovação do senso coletivo que caracteriza a vivência na igreja. Levantar muito cedo para decorar as ruas e pensar em cada detalhe dos tapetes coloridos é uma tradição importante àqueles que crêem e vivem o catolicismo. Mesmo quem não se identifica com a religião, se agrada em ver as verdadeiras obras de arte que tomam os trajetos próximos das igrejas.

Esses momentos, mais do que proporcionar alegria, fazem bem aos cristãos, física e emocionalmente. Oportunizam a renovação do viver em comunidade e unem famílias em um mesmo propósito. Mais do que isso, a ciência comprova a relação entre a fé e a saúde. Estudos desenvolvidos em importantes centros de pesquisas do mundo, como Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular (Gemca), que tem mais de 800 sócios pelo Brasil, e até pesquisas feitas na Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo, mostram que a religiosidade reduz os índices de doenças e suicídios. Ela auxilia, inclusive, nos processos de tratamento e a vivência da fé, em conjunto, é benéfica para a saúde mental. Para além disso, os tapetes são uma obra de arte viva nas cidades, com desenhos e materiais diversos, harmonicamente combinados.

E após dois anos sem vivenciar esse momento da maneira mais tradicional, as comunidades puderam se unir novamente e confeccionar belíssimos trabalhos, que demonstraram a fé em Deus e a cultura local. A atividade de ontem é uma demonstração de que a fé extrapola a religiosidade. Ela é também arte, cultura e saúde, desde que vivenciada com respeito a si e aos irmãos de todos os credos.

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