Conforme os anos passam, trilhamos um caminho, uma estrada formada por pegadas marcadas ao longo do tempo. Isso vale para pessoas e também para empresas ou instituições. Os anos se somam e parece crescer o orgulho em festejar o aniversário. Fazer 30, 40, 50 anos é uma alegria. Mas há casos em que essa estrada ainda é relativamente curta, mas marcada por pegadas tão firmes e importantes que o número já não é tão relevante. É o caso da Central das Favelas (Cufa) de Montenegro, que na última terça-feira, 7 de setembro, completou 13 anos.
O que são 13 anos? Para os seres humanos, é pouco. Ainda se é muito jovem, um adolescente, para muitos ainda considerado criança. Para uma empresa é bastante, afinal, não é fácil manter-se aberta por mais de uma década. Mas, para uma instituição como a Cufa é muito porque em cada dia destes mais de 4.700 dias em que as comunidades mais carentes da cidade souberam que, independente do que ocorresse ou de qual crise se abatesse sobre nós, haveria uma porta para bater.
A Cufa é muito mais do que uma distribuidora de cestas básicas. Seu foco não é, também, qualquer outra ação assistencialista. Mas, no momento pelo qual o Brasil passa, de fome, falta de emprego e redução de renda, a instituição teve a grandeza de compreender que sim, era necessário focar atenções na arrecadação e distribuição de mantimentos. Isso porque dar a vara e ensinar a pescar é um conceito lindo, mas, com o estômago roncando de fome, ninguém aprende. A instituição calcula que somente durante o período da pandemia de Covid-19, 83 mil pessoas foram impactadas diretamente com ações e entregas de alimentos.
Mas esse momento vai passar e será possível fortalecer os mais variados projetos. Atualmente a Cufa Montenegro desenvolve 12 projetos em diversas áreas no município. São ações que englobam a cultura, educação, audiovisual, entre outros. Mesmo sendo vários, porém, é inevitável não destacar o Núcleo Maria Maria, que serve como espaço de acolhimento e empoderamento às mulheres da periferia do município. A Cufa é forte porque é reflexo da gente que habita as nossas comunidades, que não desistem independente dos desafios. Sucesso à Cufa e aos que ela representa.