Estamos perdendo para um mosquito

É inacreditável, mas tudo indica que alguns montenegrinos ainda não entenderam a gravidade da Dengue. Tampouco não se dão conta, ou não querem nem saber que as ações mais eficientes no combate ao mosquito potencial transmissor podem ser realizadas pelos próprios, em casa. A maior incidência de focos do inseto tem sido dentro de propriedades particulares, a sua maioria residenciais, e em algumas das vezes evidenciando falta de asseio ou de organização.

Agora vivemos o caos do número de pessoas infectadas ter mais do que dobrado em apenas uma semana. Na verdade, refletindo o cenário de epidemia no Rio Grande do Sul e no Brasil. Neste caso, a matemática é cruel, pois soma muitos focos de nascedouro do mosquito com seis dezenas de pessoas portando o vírus da Dengue. Basta o encontro fatal com o terceiro elemento desta conta, que é o cidadão sadio desprevenido, para termos o resultado de mais uma vítima desta doença silvícola e primitiva.

Temos certeza absoluta que não é trabalhoso ou irá lhe tirar muito tempo fazer uma varredura no pátio, limpando e descartando acúmulo de materiais, ou mesmo de lixo. O objetivo é acabar com potenciais maternidades de mosquito, o que é muito eficaz na contenção da proliferação da doença. Muito mais simples do que aplicação de veneno em operação massiva; e ainda menos doloroso do que sofrer os sintomas de uma enfermidade que pode evoluir ao óbito. Mas precisamos de todo mundo nessa missão extremamente simplória, pois nosso inimigo tem menos de cinco centímetros de tamanho. Meus caros, não podemos perder essa guerra. A estratégia em campo inicia pela eliminação dos focos de reprodução, depois parte para janelas fechadas, aplicação de inseticida ou de repelente evaporado, além de aplicação de repelente no corpo.

As equipes da Vigilância em Saúde saem a campo, ficam horas caminhando, visitando, convencendo. Mas está claro que sozinhos, quase tripudiados pela população, sua luta é inglória. Entramos em uma fase onde cada um deverá ser fiscal de sua vizinhança. Ainda teremos que enquadrar o cidadão relapso em desordeiro de menor monta e o ingresso nas residências precisará ser escoltado pela Brigada Militar. Não estamos distantes de o Município multar reincidentes na detecção de focos do Aedes. Tudo ao nosso alcance para não sermos mortos por um mosquito deverá ser feito.

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