Está na hora de reverter

A eleição do Conselho Tutelar certamente não desperta o mesmo engajamento ou as mesmas paixões que o pleito municipal ou que as votações à presidência da República, por exemplo. Porém, faz-se necessário ressaltar a importância da participação coletiva consciente neste processo, que determinará a atuação em prol dos direitos das crianças e adolescentes em Montenegro nos próximos anos.

A costumeira baixa participação pública neste tão importante processo já preocupa a organização, que busca meios de garantir a adesão de candidatos e votantes. Para se ter ideia, na última eleição, em 2019, houve 17 candidatos em Montenegro e apenas 3.329 pessoas votaram, número muito baixo para um município com mais de 60 mil habitantes, como o nosso. Não seria exagero supor que essa falta de interesse seja motivada, talvez – e entre outras razões -, pelo desconhecimento das pessoas acerca do real papel dos conselheiros tutelares na sociedade. Cabe ao órgão a garantia dos direitos das crianças e adolescentes.

Os eleitos atuarão, por exemplo, interferindo em casos em que a criança esteja em um lar violento, sua intervenção também pode ocorrer no sentido de orientar famílias em que o menor de 18 anos está ingressando no mundo das drogas ou da criminalidade. Além disso, cabe ao órgão assegurar que os menores tenham o apoio adequado nas instituições públicas e privadas, o que muitas vezes implica em arrumar lares substitutos nos casos de maus tratos e na internação, quando o adolescente comete uma infração grave. Essas tarefas exigem tempo, dedicação e domínio emocional, além de disciplina, conhecimento de leis e, sobretudo, muita empatia para agir de forma assertiva em cada situação imposta pelo dia a dia.

Para tentar driblar a baixa participação no processo eleitoral, a comissão busca alternativas como a distribuição de várias urnas em diferentes pontos da área urbana e rural, além de tratar da dispobilidade de transporte para votação. Resta, agora, fomentar o interesse e a conscientização do público para a importância da participação no processo e reverter a situação do pleito passado.

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