Há casos em que você não pode esperar. Episódios emergenciais nos quais a população precisa de resposta rápida das autoridades competentes. Um desses casos – de desfecho fatal – ocorreu na madrugada de ontem, na ERS-240, em Capela de Santana, no final da madrugada, e matou um montenegrino.
Temporais vão acontecer. Árvores vão cair. Rodovias ficarão sem iluminação. Mas pessoas não precisam morrer por conta disso. E quando sabemos que a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) foi acionada, mas não pôde auxiliar por não haver efetivo disponível, é inevitável o pensamento de que uma vida se foi por algo que não pode ser friamente registrado como um acidente. As equipes acionadas não podiam atender a ocorrência naquele momento, atrasando a sinalização. Não sabemos se os 30 minutos decorridos entre a queda da árvore e o choque do motociclista teriam bastado para que a sinalização fosse feita, caso houvesse atenção imediata. Mas sabemos que as polícias – e a população, por consequência – sofrem com a insuficiência de pessoal.
O fato ocorrido ontem nos lembra da maneira mais amarga que a falta de novos policiais não afeta apenas os centros urbanos, deixado a população nas mãos de criminosos. Ela também atinge as estradas, sem o devido atendimento em casos emergências. Abordagens? Ações para a segurança nas rodovias? Tudo depende de haver equipes disponíveis. E eles estão fazendo falta.
