É só futebol

A desclassificação do Brasil na Copa do Qatar foi um grande soco no estômago da maioria dos brasileiros. Durante estes dias torcemos, vibramos e alguns até rezaram. Está na hora de virar a página, não só sobre futebol, mas em muitas outras coisas. Queremos que o Brasil seja bem mais que o País do Futebol. Está na hora de sermos o País da Educação, da Saúde, da seriedade e da Justiça. Precisamos trabalhar para construir um futuro melhor, como acontece em vários países.

Ouvimos desde crianças que o futebol é um dos poucos momentos para os menos afortunados sorrirem. É preciso refletir. A conclusão é simples: futebol é só um jogo, diversão e distração. Os jogadores recebem em um só mês o que toda uma cidade leva a vida inteira para acumular.

O jogo terminou, saímos da Copa e a pergunta que fica para nossa reflexão é o que isso muda na nossa realidade? Continuamos lutando por uma vida confortável ou simplesmente para sobreviver. Para nós, errar significa, muitas vezes, perder uma vida. Para os jogadores é só um erro, continua tudo igual. Imaginem o policial, o médico, a enfermeira, o motorista, o catador, o professor, o agricultor.

A maioria dos jogadores chorou dizendo que “o sonho acabou”. Nós, brasileiros que pagamos impostos e sustentamos o País, temos sonhos diferentes. Lutamos para que as pessoas tenham comida todos os dias. Sonhamos com um país sem corrupção, sem mentiras, sem desvio de recursos, com uma justiça que cumpra as leis, com bandidos presos e políticos que realmente trabalhem para o povo que os elegeu e não pra si próprios.

Devemos lutar para que as nossas crianças aprendam a ler, escrever e interpretar texto. Ou seja, uma educação sem partido, que forme cidadãos de bem e não marionetes nas mãos de quem quer que seja. Adultos que saibam interpretar a realidade para encontrar seus próprios caminhos.

Trabalhamos diariamente, enfrentando desafios, fazendo o melhor que podemos. Quando erramos, precisamos de alguma forma, consertar. Recebemos salário para isso. Não basta termos conhecimento se não soubermos nos relacionar. Para vencer é preciso ética, honestidade e humildade. Isso aprendemos desde cedo. Então, nosso destino é levantar a cabeça e trabalhar por este País, tentando torná-lo muito mais do que o “hexacampeão”. Vamos lutar para o Brasil ser o melhor na formação dos jovens, na saúde para todos, na inovação como meta e, principalmente, na dignidade através da oportunidade de trabalho. Esta taça teremos orgulho de levantar.

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