A praticamente 30 dias das eleições para a presidência da República, governo do Estado, assembleias legislativas, Câmara Federal e Senado, o país vive um momento político difícil. Diante de tantas denúncias de desvio de dinheiro público e corrupção, entre outros crimes, a política está em descrédito. Em um cenário como esse, é grande a dificuldade dos eleitores em se posicionar e definir em quem votar.
Embora essa situação seja compreensível, o voto é necessário e deve ser consciente. Deixar de votar como forma de protesto ou simplesmente por não saber que posição tomar certamente não é o melhor caminho.
Para evitar que o descrédito eleve os índices de abstenção, o Tribunal Superior Eleitoral está realizando uma campanha para desfazer mitos e equívocos. Entre eles, a ideia de que votos brancos ou nulos podem cancelar as eleições, se o número superar dos votos válidos.
Essa possibilidade não existe. Os votos brancos e nulos são desconsiderados na apuração do resultado. Portanto, mesmo que mais da metade dos eleitores vote dessa forma, o vencedor será aquele que obtiver o maior número de votos válidos. O voto é uma conquista, uma forma democrática de o povo escolher seus representantes, e os eleitores não devem abrir mão desse direito.
O que deve ser feito é o voto consciente. Isso requer pesquisar sobre os candidatos, ver sua conduta e se suas promessas são de fato realizáveis. É preciso estar atento a propostas meramente eleitoreiras. Prometer milhões de empregos, por exemplo, é fácil, mas como fazer isso é o que candidato deve mostrar.
Dizer que vai investir em Saúde, Educação e Segurança não basta, é preciso saber o que será feito, como e de onde sairão os recursos. Pesquisar e analisar pode até dar um pouco de trabalho ao eleitor, mas é a única forma de contribuir para um país melhor.