Frequentemente, a direção do Hospital Montenegro reúne representantes das prefeituras da região e a imprensa para expor a situação financeira da instituição. A casa de saúde atende somente a pacientes do Sistema Único da Saúde (SUS) e, portanto, depende de recursos públicos.
O encontro desta semana demonstrou que é preciso estar vigilante à situação financeira do HM, para que os problemas – que já são graves – não piorem ainda mais. Diretores administrativo e clínico foram enfáticos ao reivindicarem apoio financeiro das prefeituras. Do outro lado, alguns municípios também expuseram seus problemas com a escassez de recursos públicos para a saúde. As declarações reforçam que as dificuldades enfrentadas pelo hospital são comuns, infelizmente.
A reunião não apontou uma saída, mas serviu de alerta. A direção deixou claro que, se nada for feito, a alternativa será suspender serviços para reduzir custos e as contas se equilibrarem. Todos perderão com isso, pois são muitos os cidadãos que dependem do SUS para conseguirem atendimento. E, em tempos de crise econômica, com empregos em baixa, é menor ainda o número de pessoas que pode contar com plano de saúde particular, pois ao ficarem sem trabalho, perdem também a assistência médica possibilitada através da empresa. Desta forma, aumenta ainda mais a demanda pelo serviço público.
Garantir atendimento em saúde à população é primordial na busca por qualidade de vida. E isso depende de ações em todos os níveis, tanto preventiva, como postos de saúde básica, quanto de hospitais em diferentes níveis de complexidades. É preciso que toda a engrenagem funcione para que a qualidade do serviço seja garantida. Esse será um dos grandes desafios a quem vencer as eleições no dia 28, tanto no governo do Estado como na Presidência da República.