Quanto tempo você passa longe do seu smartphone? Pouco. É provável que não fique sem telefonar, utilizar um aplicativo ou acessar internet mais do que algumas horas. Para alguns, esse prazo é ainda menor. Não é de se estranhar, portanto, que crianças e adolescentes repitam seu comportamento e estejam fazendo o mesmo. Afinal, eles já crescem tendo no cotidiano esse ambiente digital. Mas, ao contrário do que eles acham, isso não os deixa mais protegidos dos riscos da internet.
O Ibiá de hoje traz uma matéria que discute a liberdade que as crianças adquirem ao ganharem celulares com acesso à rede. Os pais podem não se dar conta, mas estão colocando o mundo nas mãos dos filhos e, na maior parte das vezes, não têm ideia do que eles fazem com todo esse acesso à informação. A matéria destaca um App pelo qual os pais podem saber exatamente por onde os filhos navegam. Mas a discussão é bem mais profunda. Trata-se de conhecer os filhos, de ter a confiança deles e de orientá-los bem.
Esse debate também levanta dúvidas sobre o respeito à individualidade dos jovens e, ainda, invasão de privacidade. Ninguém gosta de se sentir controlado. E – sobretudo na adolescência – todos têm a necessidade de manter-se protegidos dos olhares alheios. A melhor proteção, nesse caso, não é, necessariamente, um aplicativo espião, mas sim cultivar com os filhos uma relação aberta, em que eles não sintam necessidade de manter segredos que possam colocá-los em risco.