Novamente, o Ibiá traz a trágica notícia de mortes no trânsito. No último final de semana, três pessoas perderam suas vidas em acidentes, mas, recentemente, várias outras tragédias têm ocorrido pelas ruas e rodovias do Vale do Caí. Se, por um lado, no caso do ex-vereador Erni Inácio Mendel, de Pareci Novo, há suspeita de que ele tenha sofrido um mal súbito, o óbito do casal de idosos em Montenegro trata-se de uma colisão envolvendo um segundo veículo. Neste último caso, levanta-se nas redes sociais um velho problema já bem conhecido por quem frequentemente transita pela Via II, ou reside nas proximidades: o excesso de velocidade praticado na avenida – uma das principais da cidade. Não há, ainda, conclusão da investigação sobre esta ter sido ou não a causa da fatalidade, mas esse é um tema que precisa estar em voga, já que os veículos passando a muito mais do que os 40 km/h permitidos na pista são bastante comuns, principalmente noite adentro. É frequente, aos moradores e transeuntes, ouvirem roncos apressados nas madrugadas vindos da Avenida Júlio Renner.
Urge que se atenda o clamor da população e se repense o trânsito nessa – e em outras – vias do Município, a fim de proporcionar mais segurança a quem as utiliza, sobretudo se considerarmos que a Via II tem sido palco de diversas colisões. E que bom que o estudo de mobilidade urbana já tem empresa contratada em Montenegro. O poder público demonstra fazer, sim, a sua parte, no que tange a melhoria da trafegabilidade e proteção no trânsito. No entanto, não é possível fecharmos os olhos e botarmos a culpa na via. A periculosidade é amplamente elevada à medida que as imprudências se tornam frequentes. Prova disso é que os diversos acidentes graves ocorridos recentemente foram registrados em pontos distintos, como a RSC-287 e Estrada Getúlio Vargas, da localidade de Alfama.
Certamente o desrespeito às normas de trânsito é o principal fator dessas tristes situações que enlutaram famílias por aqui. Contra isso, não há plano ou estudo de mobilidade que tenha efeito, mas apenas a conscientização dos motoristas e a aplicação devida da lei àqueles que infringem a legislação de trânsito.