Neste domingo, dia 6 de outubro, o Brasil terá mais um momento de Democracia a pleno, com as escolhas de seus representantes nos poderes executivo e legislativo das cidades. Simultaneamente, a Nação se engajará em uma das eleições mais rápidas, modernas e confiáveis do mundo, em uma simbiose entre máquina – urna eletrônica – e humano – os milhares de servidores da Justiça Eleitoral e voluntários no pleito. Nesta fração o eleitor tem papel duplo, pois tem o direito de participar da escolha e o dever de não se ausentar do processo.
As variantes que levitam em torno de uma eleição quase fogem de nossa percepção, inclusive aquelas que despertam em alguns cidadãos desconfiança e exaustão com o processo eleitoral e com os políticos. A liberdade de formar opinião e externá-la dentro dos limites da legalidade é outro elemento formador da Democracia, sendo, inclusive, o primeiro ato da sinfonia eleitoral. O Brasil garante o direito de votar e de ser votado, costurando com eficiência o tecido social.
Ainda que haja divergências, que o brasileiro esteja imbuído de desilusão, se ausentar não é realmente uma atitude eficaz. Assinala-se sobretudo, que a escolha de não votar ou anular seu voto não lhe tira o direito à cidadania, inclusive de exigir e cobrar ações, obras e postura dos eleitos. O voto não é um tipo de salvo-conduto, uma procuração, assim como não exercê-lo não imputa exclusão da comunidade.
Mas convenhamos que a participação no pleito garante certo poder, como de fosse uma comodidade maior para reivindicar com energia dos eleitos. A sensação de fazer parte do processo equivale e fazer parte do próprio sistema de governo vigente, ainda que tenha optado pela oposição. Ainda mais seguro e ousado é aquele que votou no eleito, tornando-se também responsável pelo sucesso do governo e da legislatura.
Assim, a eleição é o dever que cada um de nós tem de definir quais rumos a comunidade deverá tomar, cumprindo nossa missão de vida coletiva. Cada dia seguinte neste sistema complexo e quase harmonioso da cidade dependerá da escolha feita pela maioria, subsistindo aos olhos fiscalizadores daqueles forçados à oposição. Esse argumento é o suficiente para decretar que deves participar das eleições, pois o resultado estará na porta da tua casa, na escola de teus filhos, no lazer com os amigos. Depois, os efeitos do sucesso ou do fracasso não será exclusividade dos outros.