A espera foi longa. E, para quem esperava pelo atendimento, certamente teve a passagem destes cinco anos de espera bastante lenta. Mas o dia enfim chegou e na manhã desta terça-feira ocorre a inauguração do posto de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Parque Centenário, cujo nome homenageia o ginecologista e obstetra Pedro Jose Passos Puzyna, que atuou por mais de quatro décadas em Montenegro. Os 208 metros quadrados – com três consultórios, salas de vacinas, de procedimentos, de curativos e de esterilização e recepção – custaram R$ 252.497,77, sendo R$ 154.945,01 verba municipal e R$ 97.552,76 de origem federal.
É impossível festejar a inauguração da nova unidade de saúde sem lamentar a alongada espera. Muitas consultas deixaram de ocorrer ali. Muitas mães tiveram que levar seus filhos mais longe para se vacinar. E quantas gestantes poderiam ter feito ali o seu pré-natal? Esta não é a única e – infelizmente – não será a última obra pública que se estende muito além do prazo. Aqui em Montenegro mesmo, casos como o da Biblioteca Pública e no ginásio Domingão nos lembram o quanto os prazos sempre podem ser estendidos.
No caso da ESF Centenário, as obras foram iniciadas em 2014 e, por três vezes, empresas contratadas para sua realização abandonaram o projeto alegando dificuldades financeiras. Outra empreiteira assumiu e recebeu a Ordem de Início no começo de julho, entregando o espaço até antes do prazo previsto. Mas isto, quem precisa do serviço bem sabe. E isso não apaga a espera causada pelas empresas que a antecederam.
Mas agora, entregue à comunidade está. O atendimento ocorrerá das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h de segunda a sexta-feira. Apesar de ainda não haver uma previsão de quantos procedimentos devem ser realizados por dia, é esperado que a ESF Centenário não apenas ofereça um atendimento melhor àquela região da cidade, sem exigir um deslocamento para a UBS Centro, como também desafogue a movimentação nesta outra unidade. Ganha a população e também os profissionais, que certamente terão mais tranquilidade no trabalho e poderão dedicar-se ainda mais à nobre tarefa que têm: cuidar dos montenegrinos.