Não bastasse dengue, chikungunya e Zika vírus, agora temos mais uma razão para manter o Aedes aegypti longe do Vale do Caí: a febre amarela. O governo do Rio Grande do Sul orientou os municípios para a realização de um censo que possa trazer informações sobre a situação nas nossas cidades. No passado, os gaúchos só se lembravam desta doença quando tinham de viajar para a região Norte do País. Hoje não é mais assim. Primeiro ocorreram surtos em São Paulo, que fizeram o temor crescer. Hoje sabemos que nosso vizinho, Santa Catarina, já registrou duas mortes pela doença.
Sabemos que essa é uma doença que gera preocupação, principalmente nas zonas rurais. Por isso, é necessário um cuidado especial nestas regiões. Cada município está fazendo as suas ações, visitando residências e imunizando sua população. É um tipo de atividade que, às vezes, para a população urbana, não é vista. Parece sem importância. Mas é de extrema relevância à saúde pública, em geral na região. Afinal, depois que a doença se instala, o medo chega para todos, seja na cidade ou no interior.
Os cuidados, porém, vão além dos prestados por essas equipes que realizam o censo. Ao contrário do que muitos ainda pensam, sair matando macacos em nada previne a febre amarela. Além de uma crueldade com o animal, isso é péssimo para impedir que a doença se alastre. É que, quando o bugio e macaco prego (aqui no RS) apresentam a doença, eles alardeiam sua presença, dando tempo para as autoridades agirem. Quem transmite febre amarela é o Aedes aegypti. Esse sim precisa ser eliminado. Infelizmente, ainda é comum que a Vigilância em Saúde encontre focos do mosquito em praticamente todas as cidades. Isso porque não há o cuidado – básico – de evitar manter locais com água parada. É dever de todos manter o alerta e se prevenir.