Em duas semanas entramos em outubro, mês focado em dois temas que coadunem em relevância e coexistência. Essa é a data escolhida para celebrar o Dia das Crianças, e que em 2024, novamente, está na mesma folha do calendário de uma eleição municipal. Será benéfico às reflexões ter ambos tão próximo, especialmente pelo fato de as crianças e adolescentes representarem grande parcela dos interesses dos dias presentes das comunidades.
Exatamente assim! Já superamos aquela frase de efeito que “as crianças são o futuro da nação”. Na verdade, elas estarão vivendo neste tão falado futuro, e que está sendo preparado hoje, portanto deve-se incluir hoje as prioridades destes jovens. Então não há controvérsia na orientação aos candidatos e aos eleitores. Que aqueles que pleiteiam cargos no Poder Público incluam em seus planos projetos concretos voltados a essa parcela da população; e que aqueles que detêm o poder do voto avaliem que assumiu essa bandeira de forma qualitativa.
O assunto vem à baila nesta edição do Ibiá que traz reportagens com diferentes realidades no que tange os adultos cuidarem das crianças. Temos o protagonismo delas em feiras de iniciação científica escolar, com extenso leque de faixas etárias revelando capacidade e inteligência. Ainda, o talento artístico e trabalho organizacional coletivo em grupos de dança. Estes foram momentos propiciados por meio de uma atenção básica, capaz de incluí-las ao convívio social e contribuir significativamente na construção de intelecto e caráter.
Estes são apenas exemplos entre muitos, cuja manutenção e ampliação deverão ser consideradas fortemente pelos eleitores. Infelizmente também há neste jornal o exemplo negativo, na verdade terrível, em relação aos pequenos. Um preso sob acusação de estupro de vulnerável, praticado contra três crianças de 5, 9 e 13 anos. É fato que a grande parte dos ataques desta natureza acontece em ambientes que deveriam ser da confiança dos pequenos, o que assinala para a responsabilidade da família e de todos os adultos.
No que diz respeito ao Poder Público, cabe priorizar políticas públicas de estado que evidenciem a Educação a respeito de sexualidade e limites. As crianças precisam de atenção agora, de imediato, incluídas no trabalho cotidianas dos governos; pois lá naquele futuro tão sonhado poderá ser tarde para estes cidadãos que estão aqui hoje.