Sentar em frente à TV para jogar videogame sem se preocupar é o sonho de muitas crianças e adolescentes. Mais do que isso, é a realidade de vários deles. Sem a devida atenção dos pais, que possuem suas próprias preocupações, a juventude passa cada vez mais tempo ligada em jogos e dá menos atenção para seus estudos e outros afazeres próprios da idade.
Para contornar a situação, os pais, muitas vezes ausentes, buscam no autoritarismo a solução do problema. Porém, isso acaba gerando mais dificuldades. Descontentes por precisarem deixar de lado seu jogo para serem obrigados a fazer algo de que não gostam, as crianças e os adolescentes mostram-se agressivos.
Esse comportamento não é necessariamente culpa dos games que o adolescente ou criança joga. Pode ser um problema que passa pela falta de diálogo entre pais e filhos. O educador Mário Sérgio Cortella lembra que autoridade não é autoritarismo. Ou seja, mandar no filho não é o mesmo que ter o seu respeito.
Conquistar esse status de autoridade exige diálogo, algo em falta em muitas famílias. É através de conversas e combinações que pode ser regrada a vida da criança e do adolescente, dando espaço para suas tarefas e também para os games. Quem sabe permitir duas horas de jogo após os trabalhos do colégio serem finalizados possa ser uma boa alternativa inicial.