Estamos diante da eleição mais polarizada desde a redemocratização. Pelas ruas, bandeiras e adesivos de um ou outro candidato tremulam ao vento. Por vezes, os ânimos se acirram e os debates tornam-se acalorados. Tudo isso faz parte do processo democrático e das tensões envolvidas na tomada de decisão. O diferencial deste ano é a ruptura social entre os eleitores. Os principais candidatos à Presidência da República receberam, no primeiro turno, 48% e 43% dos votos. Para além dos indecisos ou daqueles que optaram por abster-se, o eleitorado está dividido ao meio. Embora ao Governo do Estado não haja tamanha polarização, o respeito à opinião alheia é sempre uma regra.
No próximo domingo, alguns ficarão felizes e outros, nem tanto. Uns terão seu voto vitorioso através da eleição do candidato preferido, enquanto outra parcela terá a oportunidade de – respeitando os trâmites inerentes à nossa política – ser oposição. A ambos caberá fiscalizar, cobrar, e também colaborar para que o País e o Estado siga crescendo, independente de qual seja o lado vitorioso. Na nossa região, tivemos um primeiro turno com pouquíssimos contratempos. Exemplo de civilidade. Que a segunda etapa da votação siga da mesma forma: tranquila, respeitosa e democrática, como deve ser. Que o direito ao voto seja respeitado, assim como o direito ao sigilo, para aqueles que assim desejarem.
Para os próximos quatro anos, independente de quem seja o presidente e o governador, temos o dever cívico de agir pelo crescimento do País e da nossa região. Sem ressentimentos e, acima de tudo, debatendo temas relevantes sob a luz de informações verídicas. Isso significa um compromisso coletivo de combate à desinformação, através da valorização da checagem dos fatos e do jornalismo profissional – um dos pilares da Democracia e que age, historicamente, como fiscalizador dos poderes constituídos. O compromisso com a Democracia já começou durante o período eleitoral. Ele terá um dos mais importantes dias no domingo, e segue durante os próximos anos.