Impeachment. Palavra muito impressa nas páginas do Jornal Ibiá nos últimos anos e que agora volta a ganhar espaço. Dessa vez não se trata de Montenegro. É de Pareci Novo que vem a abertura do processo de impeachment do prefeito, Paulo Alexandre Barth (PDT), e do seu vice-prefeito, Fábio Schneider (PDT). E assim como nos casos de Paulo Azeredo e de Luiz Américo Alves Aldana, cabe à comunidade acompanhar atentamente os trabalhos na Câmara de Vereadores porque um impeachment traz grandes impactos a um Município.
O impeachment é um processo político no qual os integrantes do Poder Legislativo irão sentenciar ou não os representantes do Poder Executivo do Município. E é justamente por isso que os vereadores de Pareci Novo têm em mãos tanta responsabilidade. Destituir um prefeito é algo que pesa eternamente na história da cidade e, de forma concreta, impacta na vida das pessoas ao tumultuar o ambiente político e econômico. E, nem sempre, o preço a se pagar compensa para os cidadãos.
Não estamos aqui indo contra investigações. Estas devem sempre ocorrer para que nada fique escondido do povo. Até por isso, o Jornal Ibiá espera logo ter acesso ao documento com a íntegra da denúncia, já que ele é público e os cidadãos têm direito à divulgação de seu conteúdo. A comissão composta pela Câmara tem o dever de investigar e o grupo de vereadores o de definir o destino desse processo de impeachment. Mas, quando forem definir algo tão importante deverão deixar de lado questões políticas pessoais e lembrar-se que estão mexendo com a vida de 3.885 pessoas.
Impeachment não é uma moda, que vem e passa, deixando algumas recordações. É algo, em alguns casos, necessário. Um remédio amargo a um mal ainda maior. Mas, em qualquer circunstância, algo negativo e que, numa sociedade ideal, não deveria ocorrer. Não existiriam outras medidas cabíveis de investigação a serem tomadas antes de um impeachment?
Caberá a Joice Streit (PDT), Luis Cappra (PDT), Paulo da Silva (PDT), Fábio Diemer (PP), Gelci de Mello (Republicanos), Luciano Hensel (MDB), Nilton Rossi (PP), Pedro Rhoden (MDB) e Augusto Kappes (Republicanos), a atual legislatura do Município, decidir se o remédio auxiliará ou, ao contrário, comprometerá a saúde de Pareci Novo. Que eles tenham bom-senso e pensem nas implicações dos seus atos.