Bola para frente

Após o choque que abate quem vive uma tragédia – seja como vítima, familiar, amigo ou apenas espectador – chega o momento delicado de se continuar vivendo, apesar do acontecimento. O caso do desastre da Chapecoense é um exemplo disso. Ainda em meio ao luto, notícias boas começaram a chegar: aos poucos, sobreviventes se recuperavam e voltavam para casa.

O exemplo de guerreiros como Follmann, Neto, Alan Ruschel e Rafael Henzel mostra que há vida após uma tragédia. Na verdade, não precisaríamos ir tão longe para buscar um bom exemplo de perseverança. Em casa desde a última segunda-feira, o jovem brochiense Mateus Trevisan já pode servir de inspiração.

Ainda adaptando-se à falta do braço direito perdido num acidente de trabalho, ele já pratica intensamente a escrita com a outra mão. Seu objetivo é iniciar as aulas na faculdade no meio do ano. Enquanto alguns usam a preguiça como desculpa para não lavar a louça, ele já deseja ajudar a mãe também nesta tarefa. Apesar de ter vindo de forma dura, o aprendizado de Mateus e a sua vontade de seguir a vida mesmo sabendo que, para ele, ela sempre será diferente, são contagiantes.

É em pessoas como os sobreviventes do desastre da Chapecoense e em Mateus que precisamos nos inspirar e tirar importantes lições de vida. Afinal, não podemos parar e reclamar na primeira barreira que encontrarmos. É preciso perseverar e levar a vida adiante.

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