Berço de artistas e motivo de orgulho

Se, por um lado, muitos moradores daqui questionam – e com razão – a valorização dada às artes em Montenegro, por outro, é preciso admitir que somos, de fato, um grande berço de artistas nos mais variados segmentos. É claro que gostaríamos de ver as pratas da casa mostrando seu talento em espaços públicos democráticos e em ações valorizadas – inclusive pela comunidade. Mas também é de um orgulho imenso ver nossos “produtos” conquistando o mundo.
A edição de hoje mostra, na página 6, o jovem Lucas Soares, de 27 anos, aluno da Uergs, que divide a tela com grandes nomes como Cássia Kiss e Cláudia Abreu na série Desalma, na Globoplay. O protagonismo do rapaz em trechos decisivos para o desenrolar da série e sua atuação impecável enchem os olhos de qualquer cidadão disposto a ver os capítulos da trama. E ele não é o único caso que merece destaque. Somente nos últimos dias, tivemos muitos motivos para fazer o coração bater mais forte e encher o peito para dizer “é daqui!”. No fim de semana, por exemplo, tivemos a presença, em Montenegro, de artistas locais (mas que trabalham em outros municípios) no espetáculo natalino Alma Única. Vemos montenegrinos em produções nacionais e internacionais, modelos, atores, músicos e tantos outros produtores de cultura que saíram daqui e levaram o nome da Cidade das Artes para todos os cantos.

E não é apenas a Uergs a grande responsável por esses expoentes. Temos belos frutos da Fundarte, dos CTGs e de grupos como o Renascença Cia de Teatro. Esses são apenas alguns dos tantos movimentos artísticos que, para além de abrilhantar a cidade com produções de muita qualidade, fazem com que jovens se descubram no mundo das artes e façam desse o seu modo de viver.

E se alguém achar que a arte não é importante, basta fazer uma rápida busca nas plataformas científicas para encontrar uma infinidade de artigos que relacionam a arte com a saúde mental. Os estudos apontam para as manifestações artísticas como auxiliares na redução de sintomas de depressão e ansiedade, entre outros. Em “tempos difíceis para os sonhadores”, parafraseando o longa O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, é bom saber que Montenegro consegue, de alguma forma, tornar o mundo um pouquinho mais fácil para se viver – mesmo que seja emprestando seus filhos ao mundo.

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