Ano Novo, velhos problemas

Apesar do desejo, algumas pessoas de Montenegro e da Região não tiveram a Virada de ano que gostariam. Os motivos foram vários. Alguns moradores das localidades de Bom Jardim e de Serra Velha ficaram horas no escuro. Em Bom Jardim os transtornos duraram 44 horas, das às 15h do dia 31 de dezembro até as 11h desta quinta-feira, dia 2 de janeiro. Certamente, não era esse o Réveillon planejado.
Se fosse algo pontual, causado por um temporal e reparado em um período aceitável, as comunidades não questionariam. O problema é que a falta de luz não é novidade no nosso interior. E quando ocorre, os moradores já desconfiam que poderá se prolongar. Parece algo comum. Mas não é. E não podemos nos permitir acostumar com o desrespeito à população. A empresa responsável pelo abastecimento e também os órgãos fiscalizadores precisam dar uma resposta a essas comunidades, que pagam impostos como quem vive na zona urbana, mas não são atendidas da mesma forma. Uma ventania derrubar fios ou postes é algo impossível de prever, mas que, sabendo ser possível, a empresa deve poder responder em tempo de evitar maiores transtornos e prejuízos. Não é o que vem ocorrendo.
Outras pessoas iniciaram 2020 procurando seu animal perdido. Nos grupos em redes sociais o que mais se viu foi postagem de cachorro desaparecido. A razão está nos fogos de artifício que, em função do forte barulho, estressam os animais – que têm audição melhor que a dos humanos – fazendo com que saiam dos pátios assustados. Há relatos, também, de cães feridos por se chocarem contra móveis e objetos ou se enrolarem na própria coleira. Apesar de ser necessário reconhecer que os fogos de artifícios são uma tradição de Fim de Ano, considerando que hoje já existem opção que causam menos ruído, torna-se difícil entender que esse problema ainda persista. É preciso destacar, porém, que quem passou a Virada em Montenegro percebeu uma redução nas explosões coloridas. Não se sabe se a causa é o apoio às campanhas contra os fogos, sobretudo os barulhentos, ou apenas reflexo do esvaziamento da cidade em direção ao Litoral. Nos próximos anos teremos essa resposta.

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