A reunião técnica a respeito do Greening no citros, doença que pode levar à morte as plantas e compromer pomares inteiros, trouxe à luz um problema ainda mais grave: o reduzido número de fiscais no Estado. A barreira fitossanitária necessária para o controle da entrada dessa praga no Rio Grande do Sul depende de uma intensiva fiscalização. O grande entrave é que há apenas 60 profissionais, em todo o RS, para atender a demanda da produção vegetal. A proteção da citricultura, agora, está nas mãos dos agricultores, que precisarão redobrar os cuidados com seus próprios pomares e também estar atentos às produções vizinhas, mas, principalmente, nas mãos de políticos que terão de agir rapidamente.
É necessária a união de lideranças locais para que o governo estadual seja pressionado de forma a destinar mais profissionais ao setor. Somente assim será possível controlar a chegada da doença por aqui, afinal, não é uma questão de “se”, mas sim de “quando” haverá a contaminação. Deveremos estar preparados para atuar com rapidez e precisão, para que não haja a perda de grandes áreas.
Estamos em uma região responsável por produzir grande parte dos citros do Estado, mas cuja economia é baseada na agricultura familiar. A presença do Greening pode representar o comprometimento de todo um pomar, caso não seja detectado rápida e certeiramente. Isso seria um baque a famílias inteiras que vivem da citricultura e um grande comprometimento para o Vale do Caí. Não se trata de um risco local, mas da necessidade de união regional para evitarmos uma ameaça sanitária e econômica em nível estadual.