Que o Brasil está dividido em dois já sabíamos há muito tempo. Essa polarização nasceu na política, entre esquerda e direita. Mas a verdade é que há muito já atinge todas as áreas das nossas vidas. Por “nossas”, entenda a de qualquer cidadão brasileiro. Negros versus brancos, pobres contra ricos, uma fronteira entre nordeste e o sul, empresários para um lado e empregados para outro. Será mesmo esse o Brasil que desejamos? Ou, ainda pior, será realmente essa a única alternativa?
Não pode ser assim. Somos todos filhos de uma única nação. Somos todos brasileiros. Nesse dia 7, o de setembro, muitos acordaram cedo para acompanhar os desfiles cívicos. Outros tantos acordaram curiosos por notícias do candidato à presidência que foi esfaqueado. Estaria morto ou se recuperando? Todos nós sofremos um golpe… na democracia. Um candidato a assumir o comando do País sendo atacado, se por um louco ou um inimigo político não importa, é uma afronta ao Brasil.
Não influi se você é fã ou crítico de Bolsonaro. Não pode ser dessa forma. Basta de escolher lados e buscar pelo grito ou pela violência a conquista das suas vontades! Ficar feliz com o que ocorreu? Apenas se você não tem respeito pela democracia. O mesmo vale para crimes como o atentado à caravana do ex-presidente Lula e o assassinato da vereadora Marielle Franco.
No próximo dia 7, o de outubro, os brasileiros levantarão da cama com a mais nobre das missões de um cidadão: decidir o futuro do seu país nas urnas. Não gosta de Bolsonaro, deixe claro na hora de votar. Se não julga o PT digno de seu voto, faça o mesmo. É assim que se resolvem as coisas no campo da política, não com tiros ou facadas. O golpe mais justo e certeiro de todos não gera sangue: promove mudanças.