Hoje é Dia do Gaúcho! Dia de saudar aqueles que honram as tradições desta terra e que lutam pela manutenção desta cultura, que caracteriza o Sul. A data também exalta cada cidadão que carrega o sentimento de honra e valentia em suas batalhas diárias.
Na última semana, não foram apenas danças, músicas ou costumes quaisquer que se fizeram presentes pelas ruas e parques dos municípios e nas páginas do Ibiá. Foram símbolos de luta, resistência e de uma História que orgulha os tradicionalistas. São as memórias da Revolução Farroupilha e as vivências, especialmente, dos rincões mais longínquos do nosso Estado, que se acendem e revivem na Chama Crioula, compartilhadas por CTGs de todo o Rio Grande.
Hoje a festa será coroada com o Desfile Farroupilha que, somente em Montenegro, contará com mais de 400 cavaleiros carregando, orgulhosamente, o estandarte tricolor e o fogo que simboliza a altivez ainda viva. Isso, sem contar todos os outros municípios da região, que fazem seus espetáculos à parte. Como Maratá que ontem, mesmo com chuva, manteve o espírito tradicionalista vivo em um desfile realizado no pavilhão do Parque.
Se a crítica à Semana Farroupilha deste ano foi a ausência do rodeio que, é verdade, fez falta para coroar as festividades, é preciso elogiar o esforço das entidades. Oficinas sobre folclore e costumes, apresentações culturais e disposição para apresentar o tradicionalismo aos públicos de todas as idades.
O sucesso é, com certeza, resultado do trabalho de pessoas que vivem a tradição no seu dia-a-dia, honrando a pilcha que vestem e batalhando para que o fogo simbólico siga ardendo nos corações dos gaúchos. Tradição significa História, resgatada, sobretudo, por Paixão Cortes e Barbosa Lessa; e que precisa das prendas e peões para ser perpetuada.
Essa inclusão na vida dos riograndenses é tão forte que mulheres e homens pelos pagos urbanos e rurais, mesmo sem saber e sem importar sua etnia ou local de nascimento, mantém essa cultura viva ao cevar um chimarrão, assar uma costela ou ouvir uma música de bugio abagualado. A tradição, por fim, é o povo gaúcho.