O Fogo Simbólico da Pátria já arde em frente à Estação de Cultura de Montenegro. Talvez para muito tenha pouco significado, sendo apenas uma chama mantida em espaço público pelo período de lembrança da Independência. A proposta, todavia, é de um simbolismo exclusivo, que não se sobrepõe à Bandeira Nacional, o Hino, ao Brasão da República, tampouco ao Povo. Na verdade, sua missão é complementar os Símbolos Pátrios, e, sobretudo, enaltecer a Brava Gente Brasileira.
Consideremos inicialmente que desde a pré-história os Seres Humanos admiram e cultuam o fogo; tendo sido o seu controle um divisor evolutivo. Com o fogo nossa espécie alcançou possibilidades definitivas à perpetuação. Desta feita, não é surpreende que esteja nas simbologias mais afetivas e altivas das pessoas; tendo ao longo dos anos se tornado símbolo de luta, com força para alcançar à vitória, e com resiliência para vergar sem quebrar diante das adversidades impostos à Nação.
E essas provações dos tempos contemporâneos não são escassas! O povo brasileiro, com seus poucos mais de 500 anos de independência política de Portugal, diariamente se vê desafiado por obstáculos; ainda que estes não devam ser classificados como simples características de uma jovem nação. Pois para suplantá-los, ao oposto de pensamentos isolados e aventureiros, a união se torna imprescindível; inclusive para a representatividade plural de ideologias capazes de garantir o diálogo e a manutenção da Democracia.
Assim o Fogo se é Simbólico. Nele arde o anseio de cada mulher ou homem deste País. Enquanto está acesso em milhares de piras espalhadas pelo território, é alimentado pelo combustível que mistura em sua formula Soberania, Honestidade e Felicidade. Sua luz ilumina o bem comum, sendo inclusivo e apartidário. A chama que será vista em praça pública das nossas cidades é, de fato, e encarnação vida da Nação Brasileira; dignificada com o mistério do fogo que não pode ser dominado pela força das mãos, mas controlado pela generosidade das ações.
Essa harmonia respeitosa que possibilita tirar o que há de melhor deste elemento da Natureza pode ser interpretação de País. Também da Pátria podemos sempre contar com o melhor para todos, pois, como disse o homenageado Rui Barbosa, “cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação”.