A mais pura ciência se faz aqui

Estimular a produção científica desde os primeiros anos escolares pode fazer toda a diferença. Sobretudo, em um país que investe cada vez menos na Ciência e Tecnologia. No último final de semana, escolas municipais de Montenegro abriram suas portas à comunidade e mostraram que ali, entre crianças, também se faz ciência.
Descobertas que partiram da curiosidade dos pequenos, de acordo com os temas que eles têm afinidade ou vontade de se aprofundar. Eles olharam as abelhas, os videogames, as plantas, a depressão e tantos outros assuntos. Pode parecer simples e raso quando uma criança descobre algo que, para alguém com mais formação, já é sabido. Mas, na área das ciências, diz-se que esse pequeno pesquisador está revisitando a bibliografia já publicada sobre aquele tema.
Esse é o primeiro (e muito importante) passo para grandes descobertas da humanidade: se olha para o que já foi estudado, se questiona e faz novos experimentos. Assim, se criam novas tecnologias, novas abordagens sobre o mundo e sobre a sociedade. Esses pequenos estão fazendo, sim, a mais pura ciência. Uma pequena mostra – respeitados os limites acadêmicos – do que é produzido em grandes universidades. São crianças que despertam o gosto pelo estudo, pela pesquisa e, futuramente, quem sabe, poderão dar grandes contribuições à sociedade. Quem sabe não está em uma dessas escolas a pessoa que descobrirá a cura do câncer? Ou o próximo cientista a visitar outros planetas?
Incentivar a ciência deve começar aos poucos, como se faz nas escolas de Montenegro. Se há, ainda, muito o que melhorar no que diz respeito aos investimentos em educação, nesse quesito, os professores estão de parabéns e despertam, com maestria, o gosto dos estudantes pela pesquisa. Isso pode ser confirmado a cada sorriso e cada explicação empolgada sobre os projetos. Afinal, eles estão repassando aos ouvintes um conhecimento que eles mesmo produziram. E isso é mágico!

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