Gostos e preferências à parte, se há alguém que para mim é absoluta e irremediavelmente intragável é Donald Trump, bilionário ex-presidente dos EUA, acusado em quatro processos criminais, todos com enorme repercussão, além de ser o suprassumo da arrogância, da prepotência, da soberba e da antipatia.
Acompanhando o desenrolar do processo que envolve as próximas eleições de novembro, nos Estados Unidos da América, num primeiro momento eu fiquei extremamente incrédulo e revoltado, quando no debate ocorrido entre Trump e Joe Biden, o atual presidente americano. Biden teve lapsos significativos de memória, deixando a todos que ao debate assistiram com a nítida sensação de que Trump o devoraria facilmente.
Os democratas manifestaram suas preocupações com a fragilidade da saúde de Biden e, a partir de então, rapidamente se forma um uníssono coro de importantes vozes no sentido de suplicarem a Biden que desista da reeleição, oportunizando, assim, a indicação de Kamala Harris para enfrentar o desafiador Trump.
Questionado após episódios de confusões mentais que envolviam trocas de nomes de pessoas e outros constrangimentos, Biden pela primeira vez admite que, se os médicos atestarem a sua total incapacidade para concorrer, poderia aceitar deixar de fazê-lo.
Mas enquanto ele e os democratas queimavam seus neurônios pensando em como sair disso, pra piorar vem uma tentativa de assassinato de Donald Trump, na qual ele resultou atingido de raspão por um tiro que lhe rasgou uma orelha, fazendo assim com que o indigesto ainda fosse transformado em pobre vítima.
Atirador abatido e Trump com curativo exibido na orelha ferida, estava feita a festa!
Biden se reúne com a esposa e a família e, então, anuncia sua desistência ao pleito, manifestando finalmente também concordância para que Kamala Harris, sua vice-presidente, concorresse e tentasse derrotar Trump e impedi-lo de retornar ao comando dos EUA.
Advogada muito experiente, ex-procuradora e ex-senadora pelo Estado da Califórnia, ela passa a percorrer os principais celeiros eleitorais e, com uma mescla de conhecimento técnico e jurídico especializado, enorme carisma e simpatia, agrega tudo isso à coragem e à determinação de bem confrontar Trump dizendo: “Eu sei quem verdadeiramente Donald Trump é!” Discorre sobre os vários crimes já cometidos pelo opositor, descreve e embasa, um por um desses delitos, demonstrando ter total conhecimento a respeito não só da veracidade mas da extrema gravidade da conduta daquele que se apresenta como um Deus magnânimo e não passa de um criminoso arrogante de colarinho branco e nariz empinado.
Ela percorre o país e assim permanecerá por mais onze semanas, até o dia da efetiva votação.
Mas eu não tenho nenhuma dúvida. Estudiosa, compenetrada, focada, profundamente conhecedora do Direito Penal e de Processo Penal norte-americano, Kamala dará uma surra em Trump nas urnas.
E o indigesto, intragável, esnobe, racista, homofóbico e xenófobo Donald Trump será derrotado pela mulher negra e corajosa que se elegerá a primeira presidente da maior e mais potente nação mundial.
Será de se festejar. Mais um demônio neutralizado. Mais uma grande mulher no poder!