Oscilações

Regina Maria Teixeira Simões
Sociedade Espírita Missionários da Luz

Um dia de paz; outro, de tumulto! Alguns, com amigos; outros, com solidão. E o curso da vida segue! Uma palavra doce hoje; amanhã, amarga. Assim é a vida terrena. Oscilações constantes, porém não em vão, sempre por uma razão e determinado fim.
Todos falavam da rispidez com que tratava os subordinados. Nunca sentira diretamente. De repente, este dia chegou. E junto, a amargura. Já num outro momento, o reencontro com alguém com quem convivera há muitos anos. Num gesto inesperado, surpresa, recebeu flores que representavam o amor, a alegria e a gratidão do reencontro.
Num dia, a dor; em outro, o contentamento. Assim, entre oscilações, conduzimos a vida, sempre na busca do equilíbrio. “O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.” (Evangelho segundo o Espiritismo – Cap. VI – O Cristo Consolador).
Ao estudarmos a Doutrina Espírita, naturalmente, ocorrem mudanças em nós. Sem percebermos, nos modificamos e nossas atitudes, diante das vicissitudes, são de entendimento e aceitação, pois compreendemos que são nossas e que delas necessitamos para evoluirmos espiritualmente. O estudo da Doutrina, aos poucos, alimenta em nós o nível de compreensão desta vida aqui na Terra, assim como o ato de perdoar, os quais se sobrepõem aos sentimentos ruins que ora insistem em se manifestar. No entanto, à medida que conhecemos a Doutrina, recorremos à prece e à fé que nos sustentam diante do sofrimento e nos colocam em sintonia com a Espiritualidade de Luz, que nos protege e acolhe, direcionando-nos pelo melhor caminho.
No dia da amargura, a fé e a prece trouxeram a serenidade para si. Na dor, orou e foi ouvida! Com o coração em paz, adormeceu. Ao despertar, estava pronta para recomeçar e seguir a vida terrena, pois sentia a força do amor que somente em Deus encontramos.No contentamento, a sensação de plenitude, de alegria, de paz interior. Num gesto espontâneo, orou com muita fé e agradeceu pela luz divina que sentia naquele instante fortemente em si.
Entre oscilações, sigamos nossa caminhada aqui na Terra. Tenhamos em nós muita fé e confiança na prece. É através dela que encontramos o equilíbrio para vivermos e superarmos as dificuldades que surgem. Tenhamos Deus em nós! Se assim for, nosso olhar será sempre de amor.

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