Quem um dia iria pensar que viveríamos tempos como os que vivemos hoje!?
Sou do tempo em que as pessoas escreviam cartas umas para as outras. Que o telefone fixo era artigo de luxo e possuía um disco com números desenhados. Talvez daí tenha surgido o termo discar. Naquele tempo, ligava-se para a casa da pessoa e se o “fulano” não estivesse em casa, o recado era anotado em um pequeno bloco que ficava, junto de um lápis ou caneta, ao lado do telefone. Naquele tempo, as pessoas sequer pensavam ou sonhavam com computadores, telefones celulares…
Com o tempo, os telefones foram ficando mais modernos e surgiam os de tecla. Alguns, ainda mais futuristas, podiam ter tom de chamada escolhido entre duas ou três opções. Já surgiam, também, os primeiros telefones sem fio, com antenas gigantescas, mas com a comodidade de atendê-lo onde quer que estivéssemos, desde que, no raio de alcance da base, que no começo não era nada absurdo.
Quando surgiram os computadores, muito antes do Windows, usava-se o MS DOS, algo que funcionava com comandos chatos e era limitado a quase nada. Lembro-me que, quando adolescente, fiz um curso de MS DOS. O auge do curso foi poder gravar dados num disquete gigante. Logo após, vieram os disquetes menores e o Windows 3.1, se minha memória não falha.
Desde então, vivemos o advento da tecnologia. Nos tornamos escravos de computadores e aparelhos celulares. Antigamente, raros eram os que possuíam televisão e luz elétrica em casa. Hoje, raros são aqueles que não possuem celular, computador, smart TV e por aí afora.
Quando surgiu a novidade da internet, ela era movida a pulsos telefônicos. A transmissão de dados era tão lenta que se conseguia baixar uma música em seis horas. Não posso esquecer que, se conectasse o computador antes da meia-noite, a conta de telefone tornava-se uma fortuna. Aos finais de semana, era liberado. Quando surgiu a internet ADSL, provedores de internet faturaram horrores, com a internet mais rápida que a velocidade da luz, visto que conseguíamos baixar discos inteiros em poucas horas.
O tempo foi passando e hoje tudo gira em torno da internet. Tudo são dados, com velocidade que jamais iríamos sonhar. Por sinal, no meu tempo, jamais poderíamos pensar em navegar em internet e falar em telefones celulares.
Mas se por uma eventual catástrofe, hoje, a internet parasse de funcionar… O que seria de nós?
Talvez o apocalipse zumbi esteja longe de acontecer, mas, se a internet acabasse hoje, outro apocalipse aconteceria, creio eu. Será que estamos preparados para isso?