Reconhecendo o esforço e a boa vontade da equipe da Secretaria da Saúde de Montenegro, há muita confusão, frustração e horas desperdiçadas no processo de vacinação, em especial na recente terça-feira (dia 11).
Segundo a Secretária informou ao Jornal Ibiá: “vamos mudar algum método para que a gente consiga melhorar essa fase” e “a ideia era que a gente fizesse drive-thru e as pessoas acabaram deixando o carro lá fora (e vindo a pé)”.
Aqui algumas sugestões pontuais que não abrangem todos os detalhes mas podem ajudar:
1 –Não mudar o esquema na última hora – salvo se era desastroso – o que não foi o caso. Se era “drive-thru” somente pessoas dentro de carros poderiam ser vacinadas. Pessoas que não estivessem dentro de carros não seriam atendidas – ponto;
2 – Fixar cartazes informativos na entrada do portão, com as regras claramente expostas, além de divulgação idêntica em todos os meios de comunicação disponíveis;
3- A partir das 7 horas a fiscalização deveria reforçar as regras no local e, ao mesmo tempo distribuir as 330 senhas somente aos ocupantes dos veículos, após mostrarem sua documentação.
5- Ao terminar a distribuição das senhas– a fiscalização se postaria atrás do último carro autorizado e avisaria imediatamente aos que depois chegassem de que todas as senhas foram distribuídas, além de divulgar nos meios de comunicação;
6 – Cada carro poderia ter no máximo 2 pessoas a serem vacinadas e as senhas utilizadas na ordem que foram distribuídas;
7 – Pessoas devem seguir as regras devidamente comunicadas. Evitar que por desinformação ou pelo terrível “jeitinho brasileiro” se aproveitem da situação e prejudiquem aos que respeitam as orientações.
Não se trata de optar por “drive-thru” ou “feet-thru”, ou mesmo um modelo híbrido ou outros, mas de se ter um bom plano e se organizar adequadamente para executá-lo, seja ele qual for.
No caso de atender pessoas em carros e também pedestres, as sugestões acima permanecem válidas, desde que em locais diferentes e distribuindo um percentual de senhas para cada um dos locais, baseados em estimativas razoáveis de movimentos previstos e prever realocação das senhas se necessário.
Mais alguns detalhes ajudariam como por exemplo: (1) ter um sistema prevendo o número de pessoas que se enquadram nas regras estabelecidas . (2) Havendo riscos de faltar vacina, diminuir o público alvo, no caso do dia 11, por exemplo, alterar data limite de 2 de abril para 31 de março (hipoteticamente) e vacinar em mais de um dia; (3) com um celular de contato no documento de vacinação poderia acontecer um agendamento personalizado, com data e hora (mas aí talvez seja pedir demais).
Em tempos tão confusos por que não solicitar colaboração de profissionais voluntários para apoiar a Prefeitura que possa estar sobrecarregada? Há na cidade bons profissionais de análises de sistemas, processos operacionais, engenharia de produção, comunicação, administração e outros, que estudaram matérias, como teoria das filas, por exemplo, que poderiam colaborar. Isto sem falar em questões de planejamento, organização, execução e controle.
Hermes Freitas
Leitor