Quem viveu a juventude na década de 70 certamente assistiu ao filme “Love Story”, uma comovente história de amor. O enredo já não lembramos com precisão, porém, em um determinado momento, a personagem principal, a mocinha, diante do pedido de perdão do amado, lhe diz: “Amar é jamais ter de pedir perdão”. São palavras tão marcantes que, desde aquela época, norteiam a nossa vida.
Quem tem amor no coração também tem Deus, mesmo que se julgue ateu ou que sinta sua fé vacilar, o amor pelo próximo está ali e isso o faz sereno. Quem ama verdadeiramente jamais dará motivos para alguém precisar lhe perdoar e nunca guardará mágoas. Fácil? Não!
Quem vive o amor no seu dia-a-dia tem um olhar diferente, doce e compreensivo; um olhar meigo que enxerga as pessoas como irmãs. E aquelas com quem convive mais de perto, como família e amigos, quando com eles está, tem olhos para vê-los de verdade, ouvidos para ouvi-los, boca para aconselhar, mãos para acarinhar. Não julga e nem condena, mas os aceita como são e os compreende.
Quem tem amor no coração tem a pureza da alma e se aproxima de seus irmãos para auxiliá-los nas dificuldades, sem nada esperar em troca. Quem tem amor no coração cumpre o maior mandamento: “Amai ao próximo como a si mesmo”, “esta é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.”(Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XI – Amar o próximo como a si mesmo – item 4).
Quem tem amor no coração segue a lei de Deus, é brando e pacífico e é misericordioso, cumprindo a lei maior de fazer aos outros somente o que gostaria que lhe fizessem.
O amor nos transforma. Se o vivermos, nosso olhar sobre o que nos cerca mudará. Sempre veremos nossos irmãos, buscando o melhor em cada um, e estaremos atentos em nós mesmos, vigiando os pensamentos, alimentando nossa alma com bons sentimentos e, consequentemente, a luz vinda de nosso Pai se fará presente em nós.
Quem tem amor no coração trilha pelo caminho dos ensinamentos de Jesus e o segue fielmente, pois se sente tão bem que busca aperfeiçoar-se e evolui espiritualmente. O amor nos faz humildes, leva-nos a aceitar os desígnios de Deus, com equilíbrio e coragem, entendendo que a vida terrena é uma passagem e mais uma oportunidade de Dele nos aproximarmos.
Ah! Como seria bom se assim fosse! Mas estamos no caminho, um caminho longo que, com paciência, percorreremos, entre idas e vindas. Guiados pela mão de Deus, sentiremos a plenitude de amar verdadeiramente.