Nas últimas semanas, estamos recebendo muitas perguntas na rua e nas redes sociais sobre a nossa viagem. É incrível ter tanta gente acompanhando, se interessando, torcendo pra gente cair na estrada. A Kombi já não passa despercebida pela rua e quem para quer saber um pouquinho sobre a viagem, a construção da casa sobre rodas e a futura rotina dentro dela.
A mais frequente de todas as perguntas é sobre o roteiro. Se ele está definido, se vamos sair com cada parada programada ou vamos deixar a estrada nos levar. Então: temos nosso ponto de partida e de chegada. Tudo entre um e outro está indefinido. Cidades de parada, quanto tempo em cada uma, pontos a serem visitados… essas vão ser questões definidas durante o percurso.
A nossa primeira parada deve ser Santa Maria, onde vamos retirar nossos passaportes. De lá, seguimos para o Uruguai, passando para a Argentina e descendo ao ponto mais ao sul da América: Ushuaia. Do sul, começamos a subida pelo Chile. Até a Colômbia, passamos por Bolívia, Peru e Equador. O retorno pra casa será percorrendo o Brasil, provavelmente pelo litoral.
Inicialmente, a viagem deveria seguir mais um pouco, até o México. Porém, mudamos de plano devido aos altos custos para cruzar parte da América Central. Então, vai ficar pra próxima aventura.
Como estamos juntando grana e como vamos sustentar a viagem?
Bom, estamos pensando na viagem há quase quatro anos e, desde lá, tentando achar maneiras de engordar o porquinho. Economizamos no que pudemos do nosso dia a dia, ganhamos um pouco de dinheiro no nosso casamento e estamos vendendo chinelos personalizados muito fofinhos e com frases supermaneiras de viagem (sim, estamos aproveitando o espaço pra fazer um publicidade de leve). Na estrada, vamos nos virando com o que temos e tentando novas maneiras de fazer o dinheiro render. Não temos medo de trabalho e entendemos um pouquinho de muitas áreas, vamos investir nisso!
E a saudade?
Sim, somos muito ligados aos nossos amigos e familiares. Sabemos que não vai ser fácil ficar tanto tempo longe deles, sabendo que tudo por aqui está seguindo sem nós. Mas, para alívio geral da nação, sabemos também que alguns estão programando nos visitar quando chegarmos a alguns lugares específicos. Além disso, contratamos um pacote de internet internacional para manter a comunicação com o povo constantemente.
Onde devemos parar para dormir?
Postos de gasolina, campings, pontos de apoio. Bom, são nesses lugares que todo viajante costuma parar. Vamos saber só quando estivermos na estrada. A Analuz está equipada com tudo que precisamos e tem quase autonomia total de água e energia. Então, espaços seguros, mesmo que não equipados, podem ser suficientes pra nós.
A gente entende de mecânica?
Não podemos dizer que não. E nem que sim! Desde que compramos a Kombi, já passamos por alguns perrengues e tivemos que aprender pelo menos o básico para não ficar na beira da estrada. Mas Rodrigo entende um pouco mais que eu, tem facilidade com motor, velas, fusíveis e afins.
Que dia vamos sair?
Essa é a pergunta sem resposta, por enquanto.
A Analuz está praticamente pronta, porém, problemas burocráticos ainda nos prendem por aqui. A previsão de partida era março, então, já estamos atrasados, mas esperamos que isso aconteça ainda em abril.
