Guardem bem essa imagem. Ela foi captada no momento em que a Brigada Militar fazia o lançamento da Operação Avante Tiradentes, na última quinta-feira, anunciando uma série de ações de prevenção e controle da criminalidade. Muitos dos soldados que aparecem na foto são alunos do curso de formação de policiais, em andamento na escola da BM situada em Montenegro. Eles atuam no policiamento ostensivo como forma de exercitar a teoria que aprendem na sala de aula. Infelizmente, este fantástico reforço no policiamento está com os dias contados. O curso vai terminar em breve e provavelmente nenhuma deles ficará em Montenegro. A sensação de segurança que a presença de mais brigadianos nas ruas representa será, novamente, uma pálida lembrança do passado.
Aluguel – Quinta, na Câmara, o vereador Joel Kerber (PP) lembrou que os futuros brigadianos não querem ficar em Montenegro porque não há incentivos. Foi uma referência velada ao projeto engavetado pelo prefeito Aldana, que prevê o pagamento de aluguel a policiais civis e militares que atuarem na cidade. A medida é polêmica porque abre precedente para que outras categorias reivindiquem o mesmo benefício.
Nove verdades e uma mentira
Aproveitando o sucesso que este jogo vem fazendo nas redes sociais nas últimas semanas, o Cenário Político resolveu desafiar os seus leitores a identificar, entre as dez afirmações abaixo, sobre o governo Aldana, a única que é realmente falsa. A resposta será divulgada na quinta-feira.
1 – Desde que efetivamente assumiu a chefia do Executivo, o governo Aldana já teve, em 22 meses, mais de 30 trocas nos cargos de primeiro escalão.
2 – As únicas secretarias que não sofreram alterações no comando são a Geral, a de Educação e a de Saúde.
3 – O prefeito Aldana não costuma chegar muito cedo ao gabinete. Para compensar, sua jornada muitas vezes termina depois das 21h.
4 – Na Câmara de Vereadores, até aqui, somente Rose Almeida (PSB), Valdeci de Castro (PSB) e Talis Ferreira (PR) não votaram contra o prefeito nos projetos de maior interesse do governo.
5 – A implantação do novo plano de carreira do funcionalismo aprofundou a crise nas finanças da Prefeitura, ao elevar, bem acima do previsto, as despesas com pessoal.
6 – Ao defender a implantação do pedágio na BR-386, o governo Aldana atraiu muitas críticas da população, mas espera compensá-las com as obras que pretende fazer a partir da arrecadação de impostos gerada pela cobrança.
7 – Apesar da crise, a arrecadação de impostos do Município, nestes primeiros meses do ano, está bem acima do previsto, o que ajuda a equilibrar as finanças.
8 – A Administração Municipal continua atrasando pagamentos a fornecedores todos os meses. Poucos reclamam por medo de perder contratos.
9 – No atendimento a pedidos feitos por vereadores, Talis Ferreira (PR) é tratado com uma deferência que incomoda o restante da bancada governista e irrita a oposição.
10 – Ao deixar a chefia de gabinete, o vice-prefeito Carlos Eduardo Müller passou a ser tratado como um estorvo por alguns secretários.
A custo zero
Na tarde desta segunda-feira, vereadores e lideranças da comunidade vão a Porto Alegre para mais uma reunião no Departamento Antônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Em pauta, novamente, a necessidade de facilitar a travessia da RSC-287 aos moradores dos bairros Santo Antônio e Panorama. O vereador Joel Keber (PP) diz que haverá excelentes notícias e que, em breve, algo será feito a “custo zero” para o Município. Será que vão apresentar o projeto das rótulas, em substituição ao das sinaleiras?
Erramos – E por falar em sinaleiras, o coronel Edar Borges Machado faz uma correção ao que foi divulgado nesta coluna na edição de quinta-feira. Ele garante que não estava na Administração quando os termos do convênio entre a Prefeitura e o Daer foram firmados. Logo, não participou da elaboração. O documento data de 30 de dezembro de 2015. “Assumi a Secretaria de Obras em 11 de fevereiro de 2016”, observa.
Ausentes
Nem o presidente Talis Ferreira (PR) compareceu à reunião da CPI do Loteamento Bela Vista agendada para a manhã da última quinta-feira, na Câmara. Também os membros do grupo que sobraram, Rose Almeida e Valdeci de Castro, ambos do PSB, não deram as caras. Um dos dois terá de assumir o cargo de relator caso a investigação continue, mas, nos corredores da Usina Maurício Cardoso, já se especula sobre uma renúncia coletiva. Seria um fiasco histórico.
Transparência – Por sinal, Talis esnucou os colegas. Já que defendem a abertura da CPI do Bela Vista para a imprensa, acredita que também as reuniões da Comissão Geral de Pareceres devem ser liberadas para jornalistas. Os meios de comunicação apóiam.
Rapidinhas
* Vereador Cristiano Braatz (PMDB) propõe reunião na Câmara para discutir a volta da mão dupla na rua Capitão Porfírio, entre as esquinas com a Osvaldo Aranha e a José Luiz. Se está funcionando, por que não bagunçar novamente?
* A Câmara lançou um projeto em que os vereadores fazem visitas para conhecer as empresas locais. Muito bom. Tem políticos que criticam o setor produtivo e os eventuais incentivos que recebem sem nunca ter gerado sequer um emprego.
* A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara acertou a mão ao propor uma oficina em que os índios puderam mostrar um pouco da sua cultura aos brancos. Belo exemplo de que é possível promover a integração e respeitar diferenças.
* Prefeitos de Brochier e Maratá uniram forças pela recuperação da ERS-411, que liga as duas cidades a Montenegro. E não se importariam se Luiz Américo Aldana também desse uma mãozinha.
* Políticos citados na Lava-jato preparam mais um ataque à sociedade. Através de uma nova lei, querem barrar o trabalho de promotores, juízes e policiais acusando-os de abuso de autoridade. E a população parece não estar muito preocupada.
* É fácil identificar um servidor público que recebe dinheiro “por fora” para ajudar empresas em suas relações com o governo. De repente, ele troca de carro, compra uma casa maior, veste roupas de grife e começa a viajar para o exterior a toda hora. Se você conhece alguém assim, desconfie!