Eleições 2020: Nasce a primeira chapa

Sem data definida ainda, as eleições para prefeito, aos poucos, começam a ganhar forma, com a definição dos primeiros nomes. Sábado à tarde, oficialmente, nasceu a primeira chapa na disputa pela principal cadeira do Palácio Rio Branco, quando o MDB aprovou, por ampla maioria, uma aliança com o PTB. As duas legendas vão concorrer com Gustavo Zanatta (PTB) para prefeito e Cristiano Braatz (MDB) para vice. Até a semana passada, não havia certeza sobre o resultado da votação e especulava-se que parte dos emedebistas preferia uma aliança com Percival de Oliveira, que representou a legenda como prefeito da cidade entre 2005 e 2012. Porém, os números finais não deixaram dúvidas: o enlace com o PTB foi aprovado por 38 votos a dois.

Fortalecido – Dos 60 membros do diretório, dos quais 15 são suplentes e só votam na ausência dos titulares, 40 compareceram à atividade, realizada no salão de festas do Sindicato dos Metalúrgicos. Os números indicam que a legenda saiu unida do encontro e que não há espaço para manobras de última hora, como já ocorreu no passado. A chapa “Zan-Braatz”, como já foi apelidada na “esgotosfera” das redes sociais, agora tentará atrair outros partidos na condição de apoiadores.

Boa memória – Dirigentes do PTB já vêm conversando neste sentido com os caciques do PDT. A legenda de Paulo Azeredo e Clóvis Moacir Domingues, o “Cafundó”, parece entender que não possui um bom nome para vencer a disputa e está disposta a “engolir” Zanatta. Contudo, muitos pedetistas ainda não esqueceram que, quando foi vereador, Zanatta elaborou o relatório sugerindo a cassação de Azeredo por causa da construção da ciclovia bem no meio da Rua Capitão Cruz.

Metralhadora – Com a aliança entre PTB e MDB definida, cresce a pressão sobre os demais partidos para baterem o martelo em relação aos seus nomes. Toda vez em que aparecer uma oportunidade, Cristiano vai usar os espaços que a condição de vereador lhe dá para atacar os eventuais adversários. Hoje, sua metralhadora giratória está apontada para o prefeito Kadu, que tentará a reeleição pelo Progressistas. Mas como devem surgir outros oponentes, seria sábio estocar munição.

Liberais – Semana passada, ocorreu um movimento no cenário político que deve beneficiar o prefeito. Os dirigentes do Solidariedade, criado para dar suporte à chapa Aldana-Kadu em 2016, “encerraram” a legenda e tomaram de “assalto” o Partido Liberal (PL), que até o ano passado chamava-se Partido da República (PR). A nova executiva é presidida pelo coronel Edar Borges Machado, secretário da Administração no governo municipal. Junto com o Partido Socialista Brasileiro (PSB), o PL vai apoiar a reeleição de Kadu.

Aberração – Ideologicamente, a aliança entre liberais e socialistas equivale ao casamento entre uma zebra e um papagaio. Mas como no Brasil o nome dos partidos nada tem a ver com seus programas e interesses, tudo é possível.

Madrugadores – Nos próximos dias, o Congresso Nacional e o Tribunal Superior Eleitoral deverão bater o martelo sobre a data da eleição. É provável que a escolha do prefeito e dos vereadores ocorra no dia 6 de dezembro. Junto deve ser publicado o novo calendário com as datas das convenções e o período de campanha, o que pode estimular os outros partidos a “saírem da moita” e apresentar também seus pré-candidatos. Se Deus ajuda a quem madruga, hoje a vantagem está como Zanatta e Kadu.

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Mudanças na Faixa Nobre
Quatro dias depois da implantação, alguns vereadores já usaram seus espaços na tribuna, durante a sessão de quinta-feira, para propor alterações nas regras do estacionamento rotativo pago. Ajustes podem ser considerados, mas, de forma alguma, deve-se admitir o uso político dessa importante ferramenta de organização do trânsito. Uma das demandas que mais foi citada no Legislativo é a falta de um tempo mínimo de isenção para as chamadas “paradas” rápidas. Algo como 15 minutos para entrar na loja e retirar uma mercadoria ou ir à lotérica pagar um boleto. O grande problema dessa sugestão é o controle. E foi justamente a falta dele que acabou com o programa há seis anos.

Jeitinho – Também há críticas quanto ao peso das punições. Se alguém deixa o carro na Faixa Nobre e não paga, no dia seguinte já pode receber uma multa. A ideia seria permitir duas ou três infrações para, só então, ocorrer a autuação, o pagamento e a perda dos pontos na CNH. É o famoso “jeitinho”, defendido por quem deveria zelar pela educação dos condutores e pelo cumprimento das leis. Não dá para cair nessa armadilha.

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CCs ao volante
O vereador Valdeci Alves de Castro (Republicanos) reclama que vários funcionários da Prefeitura em cargos comissionados estão dirigindo veículos oficiais. “Não acho justo”, define, lembrando que isso ocorre porque estão faltando motoristas. Ao invés de deixar os CCs guiarem os carros, o vereador entende que a Administração Municipal deveria contratar mais profissionais do volante.

Hora errada –
É sério, vereador? Aumentar o número de funcionários públicos em meio a uma pandemia, com enorme queda na arrecadação de impostos? É claro que os CCs não deveriam dirigir os veículos oficiais, mas, com certeza, este não é o momento de aumentar ainda mais os gastos com pessoal.

Troca de lugar
Vereadora Rose Almeida (PSB) voltou à Câmara, na quinta, depois de dois meses afastada em virtude dos riscos que o coronavírus representa para ela, que possui problemas respiratórios crônicos. Para manter um distanciamento maior dos colegas, ela pediu para trocar de lugar no plenário com Cristiano Braatz (MDB). Seria uma demonstração de cortesia, mas o colega rodou no teste, ao responder com um rotundo “não”. Como diz a gurizada, “mandou mal”.

Ponto facultativo

Na quinta-feira, antes de o governo do Estado colocar Montenegro sob a bandeira vermelha e restingir ainda mais as atividades comerciais, a Câmara aprovou a transformação dos feriados de 24 de junho e 31 de outubro em pontos facultativos. Dos dez vereadores, oito compreenderam que a medida pretendia ajudar a reduzir os prejuízos do comércio, que já havia fechado por mais de um mês em virtude da pandemia de coronavírus. Erico Velten (PDT) e Valdei Alves de Castro (Republicanos) foram contra, alegando que era preciso pensar nos votos dos trabalhadores.

Inteligência –
Ao defender a matéria, o vereador Talis Ferreira (Progressistas) denunciou o “oportunismo” e a falta de “noção” dos colegas. “Funcionário inteligente quer trabalhar e manter o emprego”, ressaltou, lembrando que é possível e necessário preservar a atividade econômica, desde que se tome os cuidados de higiene e distanciamento social.

Solidários – Aliás, Talis fez uma provocação ao presidente da Câmara, Neri Pena (PTB). Pediu que “Cabelo” mantivesse o legislativo em funcionamento nesta quarta, em solidariedade aos demais trabalhadores. Não teve resposta.

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Rapidinhas
O governo federal acertou ao publicar, no Portal da Transparência, a lista com os nomes de todos os brasileiros que estão recebendo o Auxílio Emergencial durante a pandemia. A consulta pode ser feita por qualquer cidadão, por cidade. É fácil encontrar nomes bem conhecidos, de gente que deveria se explicar sobre suas reais condições financeiras.

Apesar dos alertas e dos riscos, as festinhas de fim de semana estão se tornando cada vez mais comuns na cidade e no interior. Para fazer denúncias contra os irresponsáveis, acione a Guarda Municipal nos telefones 153, 3632-1391 ou 99670-2289.

Vereadora Josi Paz (PSB) é a principal opção para vice do prefeito Kadu na busca pela reeleição. Se for confirmada a chapa, será a segunda vez que interpretará este papel. A vereadora foi vice de Marcelo Cardona em 2012.

Depois de um processo disciplinar fundamentado em inquérito policial, a Câmara cassou o mandato do vereador acusado de assédio sexual. Em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.

Ingrid Lerch e Leone Bozzetto são as mulheres do MDB para a disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores. Por enquanto.

Infelizmente, tem gente que só aprende quando perde dinheiro. A obrigatoriedade do uso de máscaras só será respeitada quando os infratores forem multados. É uma falta de respeito e empatia com os grupos de risco que deve ser enfrentada com diligência pelo poder público.

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