Na Idade Média, o homem, em sua busca pelo conhecimento universal, desenvolveu estudos e pesquisas na área da transformação de materiais. Alguns tinham desejos grandiosos, como a cura para todas as doenças, enquanto outros buscavam os segredos da vida eterna ou, ainda, a transformação de metais pobres em ouro.
Esses movimentos humanos de desenvolvimento criaram lendas e alimentaram sonhos, gerando no imaginário a dúvida sobre a possibilidade de que esses eventos ou descobertas se materializassem no mundo físico, alterando o destino da humanidade e nos conduzindo a patamares de sabedoria elevadíssimos.
Obviamente, não se chegou ao esperado ao início, pois não se encontrou a cura para todas as doenças, nem se transformou os metais. O que de fato aconteceu foi o desenvolvimento de outros pensares e a cura para outras doenças. Descobriu-se vacinas ou outros metais, utilizados posteriormente em utensílios, em ferramentas e em novos equipamentos, que permitiram ao homem a continuidade de sua busca.
Hoje já se pode viver mais de cem anos, com muita qualidade de vida. Já se conhece os benefícios dos alimentos, das águas, do afeto. Já são aceitas diferenças e compreendidas personalidades, ao menos, na maior parte do tempo.
O que aparentemente não foi descoberto, ou talvez, não se evoluiu ao encontro, foi a transformação dos metais em ouro… aparentemente, o homem desistiu disso.
Mas o que não se percebeu àquela época, e pouco se percebe hoje, é que a transformação dos metais pobres em metais nobres está muito mais ligada à transformação intima que ao mundo físico.
Na busca pelo conhecimento, o homem entendeu muitos dos mistérios do universo e sua busca constante aproximou-se cada vez mais da transformação esperada. O metal a ser transformado não se tratava do ferro, do zinco ou do alumínio, mas sim, da dura alma humana em sua natureza, que no inicio dos tempos, rude como um metal pobre, cheia de vícios e de impurezas, carecia de uma transformação mística para brilhar e, nessa busca pelo conhecimento, o maior dos segredos, apesar de desvendado, não foi compreendido.
Hoje, sabe-se que todos temos que desenvolver e transformar nosso conteúdo interno em metal precioso e que as ferramentas para isso foram deixadas pelos alquimistas do inicio dos tempos que, na busca pelo conhecimento, o encontrou, mas não o desvendou, deixando para cada um o trabalho e os caminhos para que se pudesse então, de forma definitiva, alterar o estado bruto do material primitivo, em um espirito de luz e de amor, abundante em sua essência e constante em sua natureza.
Que tal fazermos parte dessa transformação e nos tornarmos alquimistas de alma?