Tenho ficado intrigado com as motivações que nos levam a ações ou reações frente aos problemas que se apresentam e entendo que, independentemente do tipo de pessoa que somos, cada um de nós tem uma maneira própria de reagir. Agredindo ou implodindo, quando faceados por alguma adversidade.
Acumulamos os sentimentos e as energias negativas, agredindo nosso íntimo e nos enchendo de toxinas geradas pelo próprio organismo, que, por não entender o que está acontecendo, nos prepara para lutar, ou para morrer, conectando ou desconectando dispositivos internos existenciais. Vamos ao inferno e sofremos, de forma aparente ou não, criando uma aura magnética tóxica, que continua a atrair tais sentimentos, sensações e dores.
Os problemas nos parecem, naquele momento, maiores do que a nossa capacidade de suportar o fardo, conduzindo-nos à desistência da luta, ou à fuga, até que o turbilhão passe.
Mas, muitas vezes, não analisamos de fato o que está nos incomodando… seria o problema, ou o que os outros pensam do problema? Seria a dor, ou a forma como os outros nos veem lutar? Seria a falta de forças ou alternativas, ou a maneira como os outros veriam nossa coragem e determinação na solução do problema?
Será que precisamos sofrer? Ou será que precisamos encarar as coisas de maneira mais leve, como aprendizados que nos melhoram a cada dia?
É obvio que problemas existem, como é obvio que temos a capacidade para resolver alguns. Também é obvio que, para muitas das situações que surgem em nossa vida, não temos qualquer poder em resolver.
Somente podemos influenciar o que está dentro de nossos corações e que forma nossa alma. O que pensam de nós não pode ter um poder maior que o que pensamos de nós mesmos. A verdade do outro não deve ser maior que a nossa verdade interna, original. Devemos reconhecer os erros, aprender com eles e seguir adiante. Devemos encontrar as alternativas de solução e enfrentá-las com coragem e determinação, devemos buscar a paz e a serenidade, mesmo que a guerra seja iminente. Devemos ter o coração puro e a certeza de que reconhecemos nossos erros quando eles ocorrem, nos arrependemos quando percebemos isso, pedimos desculpas quando magoamos e enfrentamos as consequências daquilo que fazemos.
Ao outro, e somente ao outro, compete enxergar a nossa essência… a nós compete a integridade de ser o que sentimos e agir conforme pensamos, baseados nos valores, nos princípios e no bem comum. Não devemos esperar entendimento, ou compreensão… compete ao outro trabalhar isso…
Devemos, sim, compreender nossas ações, nossos sentimentos e a influência em nossa história. A consequência daquilo que somos e fazemos cabe a nós mesmos avaliar. Devemos sim, aprender, crescer e melhorar a cada dia.
Ao outro, bem, abram os olhos e nos enxerguem como somos, ou continuem como quiserem, pois o que carregamos dentro de nós é o que geramos aqui dentro.
Somos frutos de nossos pensamentos, ações e aprendizados e não daquilo que o outro espera, vê ou acredita.
Ficando em paz consigo, ficarão em paz com Deus!