Sobre os direitos

Carlos Eduardo Vogt
Enfermeiro

Nos últimos tempos, tem-se falado bastante nas vantagens que servidores públicos têm, pelo simples fato de serem servidores públicos. Alguns dizem que é dinheiro colocado fora investir em pessoas, outros bradam que privatizar tudo é a solução. No meio deste auê todo, ficam os funcionários municipais, estaduais e federais, cada um puxando a brasa para o seu assado.
Mas fazendo uma pequena reflexão acerca dos mal compreendidos e bem pagos servidores, me pergunto: onde estavam os ferrenhos críticos quando saíram os editais destes concursos?
Se o concurso é público, significa que qualquer um pode fazer e tem a chance de assumir um cargo. E vou adiante: se é tão maravilhoso como tantos falam, todo mundo iria se inscrever para ter as vantagens e regalias, correto?
O que alguns enxergam como regalias, outros, mais sensatos, podem ver como benefícios. Vocês já pararam para pensar no quão tenso é o dia de um policial militar? Com ou sem farda, anda sempre com um alvo em suas costas e, ao menor descuido, pode ser atingido por bandidos que não dão a mínima se aquele cidadão, funcionário público, possui família ou alguém que se importe com ele.
O que dizer dos bombeiros, que adentram em locais onde o diabo passaria calor, para salvar vidas e bens de pessoas que sequer sabem quem são. Servem a comunidade e, para isso, recebem justamente alguns adicionais.
E os professores? Têm de aturar desaforos de crianças e jovens que não recebem educação em casa. São ameaçados, coagidos e não podem sequer levantar a voz para o “pobre” aluno, sob pena de perder seu posto ou cargo.
São apenas pequenos exemplos de servidores que podem ter benefícios cortados, por causa de pessoas que adoram falar mal, mas na hora de estudar e passar em um concurso, preferem ficar sentados atrás de uma mesa, atacando quem por direito conseguiu alcançar algumas vantagens em suas funções.

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