No dia em que eu morrer

Carlos Eduardo Vogt
Enfermeiro

Das certezas da vida, a única que todo ser vivo tem é que, mais cedo ou mais tarde, sua vida irá acabar. Não importa como, mas a única coisa que podemos afirmar com 100% de certeza é que, um dia, iremos todos morrer.
Divagando a respeito, passa em minha cabeça a curiosidade de saber o que ocorre quando o coração para de bater e o cérebro para de funcionar. É estranho, trabalho com vidas há tanto tempo e só agora parei para pensar nisto.
O que acontece?
Alguns irão me dizer, baseado em teorias, que a alma eleva-se e o espírito renasce. Outros dirão que, ao deixar a vida, elevamos nosso espírito até o momento que não reencarne mais e possa descansar em paz.
Mas descansar em paz onde?
Algumas pessoas mais céticas vão me dizer que, após morrer, tudo acaba e um ponto final é colocado. O copo é enterrado ou cremado e acaba ali.
Há ainda quem diga que o espírito pode ficar vagando perdido, assombrando pessoas ou atormentando a vida daqueles que fizeram mal a ele enquanto estava vivo.
Não conheço ninguém que retornou do mundo dos mortos para revelar como é e o que ocorre lá. Se há céu ou inferno. Deus e o diabo. Se há luz ou trevas…
Assim sendo, quando chegar minha hora, irei descobrir. Pretendo que esta hora demore a chegar, acho que ainda tenho muito para aprender nesta vida, antes, quem sabe, de partir para outra.
Enquanto minha hora não chega, fico aqui com meus pensamentos, tentando achar neles algo que explique o que acontece depois que o corpo deixa de ter vida.
Respeitando todas as crenças e religiões, me despeço, com esta pequena provocação para quem tem a mente inquieta e busca respostas para tudo. Talvez alguém consiga me mostrar o que o futuro me reserva, no céu ou no inferno.
Só Deus sabe!

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