E os pets?

Houve um tempo onde eles eram chamados de bichos e ficavam em casinhas abandonadas no pátio, alguns, criados pela própria sorte nesse mundo, que hoje se chamado de mundo cão, trará dúvidas aos mais jovens, já que atualmente os pets dominaram o interior de nossas casas e todos os lugares em nossos corações.

Quem aqui nunca se pegou pensando que ter animais dentro de casa é inadmissível e algum tempo depois precisou aguentar as piadas e chacotas de todos?
Pois é.

Esses seres abençoados vieram definitivamente para ficar!

Hoje moro em um apartamento, com esposa, filho e dois pequenos cheios de energia. Um Maltês, bastante idoso, mas muito sapeca e um Pinscher, que além de bastante ativo, sofre de ansiedade. Quando quer atenção, tem uma crise de ansiedade e tudo se vira para ele, menos o irmão de quatro patas, que não curte muito perder os holofotes, para o mais novo chantagista.

Podemos brigar, reclamar, chamar atenção pelos xixis fora do lugar, mas não há como não amar.
Não entendo como alguém pode ser tão irracional a ponto de machucar um ser tão indefeso. Aqui em casa até tentamos colocar limites, mas quem fica mal por ter xingado, olhando para aquelas carinhas de cachorro “pidão” somos nós. Nesse ponto até que os pets são bastante espertos, pois sabem fazer drama melhor do que qualquer ator ou atriz.

Quando adotamos o Maltês ele parecia o Tom Hanks quando fez o filme Náufrago. Tinha pelos arrastando no chão, bigodes gigantes e cheirava pior do que um zorrilho. Mas sempre foi um cara muito legal. Passou poucas e boas na vida dele e caiu num lugar onde quem manda é ele. Já está meio caduco, faz xixi no sofá, protestando pelos direitos retirados de dormir na cama comigo e a mãe dele.

O Pinscher veio filhote, com a promessa de ser bem pequeno e um parceiro inseparável do velho, que já está bem gagá, porém, nos enganaram. O guri cresceu e parece um Fox. Como ele cresceu, desenvolveu cordas vocais potentes e dentes afiados. Tudo o que o velho tem de calmo o novo cresceu sem. Come o que tiver na frente. Precisamos esconder tudo. Controle da TV em cima do sofá é lembrança do passado. Todas as portas fechadas, pois senão, aparece com um travesseiro, coberta ou ainda, descobrimos depois do crime consumado. Se xingamos, bate aquela ansiedade e o drama demora a ser desfeito.

Para nossa família o que importa é a felicidade deles. O irmão de duas patas defende os dois de uma forma até engraçada. Acho que pensa que defendendo os dois, terá Habeas Corpus ou algum tipo de indulto quando fizer arte.

Não podemos jamais mensurar o quanto esses dois carinhas de quatro patas completam nossa família e a deixam alegre e também, não há como mensurar a tristeza em que ficamos quando lemos ou assistimos notícias de maus-tratos aos nossos “bichinhos”.

Carlos Eduardo Vogt
Enfermeiro

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